Adebe Selassie reitera que auditoria internacional às dívidas terá de ser independente e aberta.
O director para África do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse nesta sexta-feira, 7, que o povo foi o grande prejudicado pelo escândalo das dívidas secretas do governo moçambicano.
Ao falar numa conferência de imprensa na sede da organização em Washington, Adebe Selassie alertou que a questão das dividas secretas "não enganou o FMI, enganou sim o povo de Moçambique".
O FMI, continuou, só pode trabalhar com os dados que lhe são fornecidos e os conselhos da organização são dados com base nisso.
"A transparência nas contas fiscais e a transparência politica são, em primeiro lugar, importantes para os povos dos países que os governos representam", acrescentou aquele responsável que, no entanto, não deu pormenores sobre o desenrolar das negociações com Maputo para uma auditoria aos empréstimos das empresas estatais moçambicanas.
Ele reiterou, no entanto, haver um acordo sobre "alguns dos prerequisitos para a auditoria".
"Vai haver uma auditoria independente sobre os empréstimos de empresas estatais e essa auditoria será pública e publicada", continuou Selassie.
O director para África do FMI falou também sobre Angola afirmando que uma missão da organização estará em breve em Luanda para efectuar discussões ao abrigo do aritgo IV da organização.
Esse artigo prevê consutlas regulares entre a organização e os países membros para se avaliar a situação economica e financeira do país.
Quanto à África Subsaariana, Adebe Selassie afirmou que o crescimento económico na região vai ser de 1,4 por cento este ano, muito abaixo dos 5 por cento registados em média entre 2010 e 2014, "nível mais baixo dos últimos 20 anos".
Aquele director lamentou que a resposta dos países mais afectados tenha sido "muito atrasada e infelizmente incompleta, fazendo aumentar as incertezas, afastando o investimento privado e sufocando novas fontes de crescimento".
Selassie avisou, contud,o contra o "excesso pessimismo" sobre a situação naquela região de África fazendo notar que há uma grande diversidade com um crescimento "em velocidade múltiplas" .
O director para África do FMI afirmou ainda que 19 dos 45 paises da região continuam a ter "um crescimento robusto", como exemplo a Costa do Marfim, Etiópia, Senegal e Tanzânia, onde a taxa deve ultrapassar os 6 por cento em 2016.
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