Ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, Muhammadu Buhari disse que o lugar da sua mulher é na cozinha e em casa e não na política. Choveram críticas de imediato.
Na origem está a afirmação da primeira-dama nigeriana, Aisha Buhari, que disse recentemente que não apoiaria o marido à reeleição se ele não fizesse mudanças no Governo.
Em visita de Estado à Alemanha, o Presidente Buhari comentou assim a declaração da esposa: “Não sei a que partido pertence a minha esposa. Ela pertence à minha cozinha, à minha sala e aos restantes compartimentos da minha casa”. Afirmação proferida ao lado daquela que é considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo, a chanceler alemã Angela Merkel.
O comentário de Buhari desencadeou um longo rol de reações, principalmente nas redes sociais. Em entrevista à DW, Auwal Musa Rafsanjani, do Centro de Advocacia Legislativa da Sociedade Civil na Nigéria, criticou o depoimento do chefe de Estado. “Em tempos modernos, em que se fala na participação das mulheres na governação e na política, este tipo de declarações mostram que não há interesse no progresso das mulheres.”
Mas há também quem apoie o chefe de Estado."Porque se se deixar que outras pessoas interferam na administração haverá problemas. Na anterior administração havia um número execssivo de donas de casa no Governo. Para Buhari isso é inaceitável. E para muitas pessoas de direita também. Foi por isso que o Presidente extinguiu o gabinete da primeira-dama, era desnecessário”, justificou Ahmed Baba Kaita, membro da Câmara dos Representantes da Nigéria. Ler mais ( Deutsche Welle, 17.10.2016)
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