Corrupção na educação poderá subir, diz um encarregado de educação.
Os professores moçambicanos estão preocupados com a crise económica que o país atravessa.
A situação agrava-se com a entrada em vigor de medidas de austeridade anunciadas pelo Ministério da Economia e Finanças.
As medidas incluem o bloqueio de abonos não permanentes.
Antes, os professores já se queixavam do frequente atraso de salários e agora receiam o pior.
"No sector da educação, ainda prevalece a falta de celeridade nas progressões (de carreira), promoções, mudança de carreira, atrasos no pagamento das horas extras e turno e meio", diz Samuel Matsinhe, Presidente da Organização dos Trabalhadores Moçambicanos - Central Sindical (OTM-CS).
Matsinhe realça que "ainda hoje, tomamos conhecimento da retirada das horas extras e turno e meio o que está a provocar agitação no seio da classe".
Albino Zacarias, pai e encarregado de educação, afirma que estes cortes poderão elevar os níveis de corrupção na educação, encorajar o absentismo e perigar a continuidade do curso nocturo.
"Os professores poderão começar a faltar para procurar dinheiro noutros sítios", diz Zacarias.Instado a comentar as medidas de austeridade, o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, disse que só com o aumento da produção e pagamento de impostos é que as mesmas podem ser refreadas.
As medidas de austeridade foram tomadas na sequência dos cortes do apoio externo ao orçamento de Estado, medida tomada pelos doadores quando descobriram uma elevada dívida escondida de Moçambique.
Fonte: Voz da América da América – 13.10.2016
Reflectindo: O professor moçambicano fala assim.
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