Mais uma divida oculta de 900 milhões de dólares, contraídos com o aval do estado a favor de empresas do Partido Frelimo foi despoletada revela o África Confidencial,na sua edição de 7 de Outubro.
A divida, que vem somar a já existente de quase 2 biliões de dólares, não terá sido revelada pelo Governo ao FMI a quando da ida do Executivo a aquela instituição, quando foram despoletadas as outras dividas, que mergulharam o Estado numa crise financeira sem precedentes.
A descoberta deste divida escondida, acontece dias após uma equipe de peritos do FMI ter escalado o país com o objectivo de traçar junto do governo, termos de referencias para a realização de uma auditoria internacional e independente nas Empresas EMATUM, ProIndicus e MAM, objectivo ate aqui não alcançado pelas partes.
Esta divida de 900 milhões de dólares, contraída a favor do partido Frelimo, como avança a Africa Confidential, surge numa altura em que também se descobriu que o Governo avalizou nos últimos oito anos empréstimos no valor de 300 milhões de dólares a favor da Empresa Aeroportos de Moçambique (AdM). Segundo escreve a ZITAMR, as dívidas avalizadas pelo governo a favor da companhia não estão inscritas nas contas públicas.
A Zitamar nota que a companhia fechou o ano de 2015 com uma divida de 13.4 biliões de meticais, o equivalente a 300 milhões de dólares ao câmbio desse ano, na sequência de avultados empréstimos, incluindo para a construção do Aeroporto Internacional de Nacala.
Nas contas da Zitamar, a referida dívida pode ter saltado agora para 23.6 biliões de meticais, devido à colossal derrapagem do metical face ao dólar americano.
O texto refere a uma análise às contas feita pela auditora Emest & Young, que diz que a empresa “depende fortemente” do seu único accionista — o Estado moçambicano – dos seus credores e de lucros futuros. A Zitamar assinala que o Estado moçambicano actuou igualmente como avalista da AdM num em préstimo para obras no Aeroporto Internacional de Maputo, incluindo uma divida de 23 milhões de dólares do China Exim Bank em 2008. A agência de apoio ao desenvolvimento da França, AFD, emprestou 44 milhões de dólares ao Governo moçambicano em 2014, mais tarde repassados para a AdM, no âmbito do projecto do Aeroporto Internacional de Maputo.
O Deutsh Bank, através da sua subsidiária espanhola, emprestou à AdM 9.7 milhões de dólares para o projecto de Maputo. O Banco de Investimento Europeu comprometeu-se a emprestar 26 milhões de dólares, mas fonte da AdM disse à Zitamar que o dinheiro ainda não foi desembolsado.
Fonte: Magazine Independente – 08.10.2016
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