O Governo afirmou ontem que o corte dos apoios do FMI e dos parceiros internacionais "prejudicou seriamente" as contas públicas e avançou uma revisão em baixa do crescimento económico e uma descida das reservas para 2017.
"O congelamento do apoio orçamental do doador FMI [Fundo Monetário Internacional], após a falta de divulgação dos encargos [das empresas estatais] MAM e ProIndicus], sem calendário claro para o seu restabelecimento, prejudicou seriamente as contas do Governo", declarou ontem uma apresentação do Ministério da Economia e Finanças feita aos investidores, e a que a Lusa teve acesso.
Além da suspensão do apoio do FMI devido às chamadas dívidas escondidas, contraídas entre 2013 e 2014 num total acima dos dois mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros), o quadro macroeconómico de Moçambique tem sido afectado pela retirada da ajuda dos países e instituições dos doadores do Orçamento do Estado, pelo mesmo motivo, refere o documento.
A suspensão destes apoios, que totalizam 10% das receitas do Estado, junta-se a uma "subida significativa" da dívida pública, que "não é sustentável" e vai exceder os 130% do PIB este ano, contra 42% em 201
Fonte: SAPO – 26.10.2016
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