O líder de Madagáscar, Andry Rajoelina, anunciou que não se vai candidatar às eleições deste ano, numa tentativa de terminar a crise política do país.
Rajoelina, de 35 anos, que tomou o poder em Março de 2009, tem vindo a enfrentar pressões para que encontre uma maneira de desbloquear o impasse.
O líder malgaxe também anunciou um calendário para as eleições, legislativas e presidenciais, que deverão ocorrer, respectivamente, em Setembro e Novembro.
Organizações doadoras suspenderam auxílio após este ter abandonado um acordo de partilha de poder alcançado em Novembro.
Sanções impostas pela União Africana e a redução do investimento estrangeiro agravaram os problemas do país.
Referendo
"Declaro, em nome do interesse supremo da Nação e do povo, que decidi não me oferecer como candidato nas eleições presidenciais para uma quarta República", disse Rajoelina na quarta-feira num comunicado televisivo.
O líder malgaxe também anunciou um referendo sobre reforma constitucional para Agosto.
Para além de ter enfrentado denúncias internacionais, Rajoelina, tem sido alvo de pressões por parte dos militares - seus antigos aliados que o apoiaram quando derrubou no ano passado o presidente Marc Ravalomanana.
Rajoelina tem vindo sistematicamente a empatar o processo de diálogo com os seus rivais políticos mas na semana passada tinha-se comprometido a desvendar o rumo que antevia para o país durante conversações na África do Sul.
Fonte: BBC - 13.05.2010
3 comentários:
Muito inteligente, já que políticamnete é um "pau mandado" dos militares.
Sabe que pode perder.
Prefere lidar com os negócios de restauração e entretenimento e continuar autarca da capital.
Talvez daqui a 10/20 anos voltará com mais maturidade política, e não dependente financeiramente.
Já rico.
Um exemplo de futuro, num Continente pobre.
Zacarias Abdula
Também julgo uma decisão inteligente esta muito rara no nosso continente. Esta decisão evita que ele seja totalmente capturado pelos oportunistas como sempre acontece na arena política.
A ver vamos. Não creio que este senhor deixe o poder. Dúvido mesmo.
Zicomo
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