Com excepção da FRELIMO, RENAMO e MDM, as restantes formações políticas activas em Moçambique não têm tido agendas regulares com jornalistas, facto confirmado nas últimas eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais de 28 de Outubro de 2009.
Resultados de um trabalho de monitoria daqueles pleitos eleitorais dão exemplo do partido Ecologista que concorreu em mais de cinco círculos eleitorais, “cuja presença identificada na TVM (Televisão de Moçambique) foi simplesmente para anunciar o apoio ao candidato Armando Guebuza”.
A fraca ou quase nula ligação das pouco mais de 40 formações políticas com existência legal no país explica o facto de “grande parte das peças produzidas ser da proveniência dos partidos políticos e muito poucas da iniciativa da própria ‘media’”, realça o documento contendo resultados da monitoria sobre a cobertura das eleições de 28 de Outubro, em Moçambique.
“Isto denuncia, em primeiro plano, a fraqueza dos partidos com pouca frequência em promoverem assuntos e estabelecerem uma ligação com jornalistas e, em segundo lugar, uma forte capacidade dos que aparecem com maior frequência, sobretudo, a FRELIMO, RENAMO e MDM”, enfatiza o documento em jeito de conclusão sobre a cobertura eleitoral feita pela TVM e STV, duas estações televisivas, cuja cobertura daquele processo eleitoral foi monitorada por uma equipa de três pesquisadores independentes e docentes do Ensino Superior, contratados pelo Misa- Moçambique (capítulo moçambicano do Instituto de Comunicação Social da África Austral).
Imprensa e Rádio Moçambique
De forma global, o estudo concluiu que em termos de espaço de tempo e número total de peças produzidas pode-se concluir que em ambas as televisões “a cobertura foi mais focalizada aos partidos FRELIMO, RENAMO e MDM, e dentro destas formações houve um forte privilégio para a FRELIMO”.
Já no que respeita à cobertura feita pela Imprensa e Rádio Moçambique (RM), o estudo, depois de enaltecer a mesma como “isenta e transparente”, recomenda àquela estação emissora a celebração de um compromisso com o cidadão para esclarecer ao cidadão a política de cobertura eleitoral e aprovação de um regulamento interno com normas a serem seguidas pelos jornalistas para prestação de uma informação isenta e transparente.
Relativamente a seis jornais moçambicanos monitorados, a conclusão foi de que “a cobertura esteve muito próxima do ideal, caracterizada pelo equilíbrio, objectividade e isenção”, embora o semanário Domingo tenha explicitamente destacado a candidatura de Armando Guebuza. Os jornais monitorados foram Notícias, Diário de Moçambique, Zambeze, Magazine Independente, Savana e Domingo.
Fonte: Correio da Manhã in @ VERDADE - 11.05.2010
2 comentários:
as restantes formaçoes politicas so voltaram a ter agenda com imprensa em 2014, para escovarem de novo o partidao, para verem se recebem dinheiro para pao, e nao morerem a fome, ja que so morrem a fome durante 4 anos,que escovinhas, aqui so teremos 2 partidos dentro embreve, os escoveiros so em 5/5 anos
Que previsão mano Chauque!!! E quando eu ALERTO a essa gente até me chama de ESTRANGEIRO em plena praça. E ao Chauque dirão também que é estrangeiro mesmo vivendo em plena cidade de Maputo?
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