A Igreja Católica lançou uma carta onde destaca a deterioração da tensão política, a criminalidade e o crescimento das famílias deslocadas e refugiadas. A igreja aproveita a Páscoa para apelar ao abandono absoluto das armas e a retomada imediata do diálogo.
A mensagem da Igreja Católica saiu da reunião de bispos, na Beira, no passado dia 17. A igreja começa por fazer um diagnóstico da situação actual do país.
“Com tristeza temos de reconhecer que no nosso país se multiplicam os sinais de paixão e morte: deterioração da tensão político-militar, contínuas provocações e escaramuças que semeiam morte e luto, escalada de criminalidade, violência e raptos, destruição de casas e de outras infraestruturas sociais e económicas, desestabilização do normal curso da vida, comprometendo a actividade produtiva e escolar, crescimento do número de famílias em situação de deslocados e refugiados, intensificação e generalização do ambiente de desconfiança, ódio e hostilidade, seca na região Sul e nas zonas do centro, chuvas intensas, principalmente no norte do país, calamidades que comprometem a produção agrícola, resultando no agravamento da situação de pobreza e fome”.
A Igreja Católica lembra que a Páscoa é a vitória da vida sobre a morte e do perdão sobre a ofensa. E apela “ao abandono absoluto das armas e a retomada imediata do diálogo eficaz, entre as partes em conflito, envolvendo outras forças vivas da sociedade”.
A terminar os bispos católicos pedem o fim das mortes. “Sejamos aliados da vida e não da morte. Obedeçamos todos à palavra da escritura, que está inscrita nos nossos corações: não matarás”.
Fonte: O País – 23.03.2016
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