A segunda parte da Conferência Economia e Governação foi dedicada a dois temas: corrupção e agricultura. Em 2015 houve avanços no combate à corrupção, mas o Centro de Integridade Pública dá uma nota negativa ao primeiro ano de governação de Filipe Nyusi.
Segundo o Centro de Integridade Pública, o Tribunal Administrativo analisou com qualidade a Conta Geral do Estado e houve avanços na legislação sobre a corrupção, mas acusa o Governo de estar pouco firme sobre a importância do combate à corrupção.
“Recentemente, a Procuradora Geral da República reconheceu que a corrupção é um problema muito sério neste país, mas, ao mesmo tempo, não se encontra uma acção muito enérgica do Governo ao nível de Combate. Se repararmos no Plano Quinquenal do Governo e na Estratégia de Combate à Corrupção, o que se apresenta é muito vazio”, assume o Director do Centro de Integridade Pública, Adriano Nuvunga. E acrescenta: “Há uma desistência no combate à corrupção que é grave, pois esta luta enquadra-se num princípio republicano do Estado de Direito e da necessidade de se respeitar o bem público. É no combate à corrupção que podemos recuperar o dinheiro que precisamos para sustentar a economia”, rematou.
Já o economista João Mosca acusa o Governo de não estar a apostar na agricultura familiar, apesar dos discursos políticos. Mas, para Mosca, nem tudo correu mal no sector. O economista considera que houve melhorias na fiscalização para evitar a destruição das florestas, na ocupação dos solos e nos reassentamentos.
Fonte: O País – 23.03.2016
Sem comentários:
Enviar um comentário