Milhares de pessoas estão reunidas esta sexta-feira no centro da capital tunisina pedindo a demissão imediata do Presidente Ben Ali.
Na quinta-feira à noite, o Presidente da Tunísia disse que não se ía voltar a candidatar em 2014 depois dos protestos generalizados que provocaram a morte a mais de 20 pessoas.
Um correspondente da BBC em Tunis, diz que tais protestos sãos os primeiros em 23 anos em que Ben Ali tem estado no poder.
Os sindicatos apelaram também para a observação de um dia de greve geral esta sexta-feira.
O enviado da BBC, Adam Mynott, que se encontra em frente ao Ministério do Interior em Tunis, diz que entre 6000 a 7000 pessoas se juntaram ali, naquilo que pretende ser um teste às promessas do presidente de maior liberdade de expressão.
Eles dizem que Ben Ali deve abandonar o poder imediatamente pois a Tunísia não pode ter democracia enquanto ele permanecer no cargo.
Promessas
No anúncio de quinta-feira, o presindente tunisisno disse também ter ordenado à polícia que parasse de usar munições reais contra os manifestantes.
Ben Ali, que tem dirigido o país desde 1987, falava horas depois da polícia ter disparado contra as pessoas que protestavam na capital, matando um indivíduo.
Grupos de direitos humanos afirmam que mais de 60 pessoas foram mortas durante semanas de agitação.
Ao falar no ser terceiro discurso televisivo à nação desde que a violência começou, Ben Ali, de 74 anos, disse que não havia presidência perpétua na Tunísia.
O líder da oposição na Tunísia, Najib Chebbi, elogiou o anúncio do Presidente mas afirmou que estava à espera de ver pormenores concretos dos planos avançados.
Fonte: BBC para África - 14.01.2011
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