UMA equipa deverá ser criada pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) com vista a preparar técnica, logística e politicamente a participação desta formação política nas eleições municipais de 2013 e nas gerais e provinciais do ano seguinte.
O facto vem inserido no plano estratégico em discussão desde há dias no encontro da Comissão Política Nacional do partido, cujo fim está previsto para hoje. O documento foi elaborado com base num diagnóstico encomendado pelo partido com vista a proceder-se à análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) e da maneira como esta formação política vem sendo gerida desde a sua constituição em Março de 2009.
O referido diagnóstico foi elaborado por um grupo de académicos nacionais e apartidários e visa analisar as intervenções do MDM a partir de fora. Esta análise, diz o MDM, permitiu descobrir a maneira como o partido é visto pela sociedade moçambicana. Esta informação permite também saber o que o partido precisa melhorar com vista aos próximos desafios eleitorais.
Quanto às eleições, os membros da Comissão Política deverão indicar uma equipa de planificação, que deverá definir a posição do partido face aos escrutínios próximos. Segundo Geraldo Carvalho, a referida equipa deverá, por exemplo, definir os perfis dos 43 candidatos às eleições municipais. A equipa poderá também definir os mandatários das eleições, entre outros aspectos.
Aliás, o encontro da Comissão Política Nacional, que entra hoje no epílogo dos seus trabalhos, vai ainda, por outro, debruçar-se sobre os resultados das eleições gerais e provinciais de 2009, elementos estes que servirão de lições a tirar com vista a uma melhor participação do partido nas eleições que se avizinham.
Para além da componente eleitoral, cuja definição clara e objectiva será tomada depois e concluído o processo de revisão da Legislação Eleitoral e da Constituição da República, quiçá da leitura das condições políticas e sociais existentes no terreno, a reunião do mais alto órgão do MDM entre os congressos irá debruçar-se sobre outros três pontos, no que respeita ao Plano Estratégico 2011-2015.
Trata-se do desenvolvimento institucional do partido, conclusão da implantação da organização a nível nacional e da definição da estratégia de Comunicação, Imagem e Marketing.
O encontro da Comissão Política Nacional vai se prolongar até domingo e nele, para além dos onze membros do órgão, estarão representadas as bancadas parlamentares do partido a nível da Assembleia da República e da Assembleia Provincial de Sofala; as ligas feminina e da Juventude do partido, para além de outros convidados.
Com vista a preparar este encontro, o secretariado-geral do partido esteve reunido nos últimos dias em Maputo. Neste encontro o órgão executivo do MDM procedeu à adopção do Relatório de Actividades do partido nos últimos doze meses, documento que será apresentado na Comissão Política Nacional.
Dados em nosso poder indicam que este relatório faz uma análise positiva do desempenho do partido nos últimos doze meses, tendo em conta a própria idade da organização, criada em Março de 2009.
Segundo o documento, nos últimos doze meses o partido conseguiu consolidar a sua presença em todo o território nacional, com destaque para a criação de delegações de nível provincial e distrital. Neste momento o desafio é implantar representações do partido a nível de alguns postos administrativos.
Fonte: Jornal Notícias - 22.01.2011
2 comentários:
Nguiliche
É preciso que partido intervenha mais para criticar os erros do partido no poder e apresentar solucoes sem receio de que o partido no poder possa implementa-los. O partido deve criar uma pagina na Net onde as pessoas posssam apresentar as suas ideias. Nao deve ser uma pagina de discussao de assuntos mais sim uma paginas onde pessoas interessadas possam colocar os seus pontos de vista sobre assunto correntes do partido e nacionais. Deve ser uma especie de pagina em que a pessoa apenas envia a sua opiniao e nao tem acesso a opinioes doutras pessoas.
Caro Nguiliche
Concordo contigo, na política partidária trata-se de tomar posição firme e coerente. Os eleitores têm que ter uma oportunidade de saber as diferenças entre os partidos e sobretudo entre a oposição que quer afirmar-se alternativa governativa ao partido no poder.
Quanto ao website e recolha de opiniões testemunhas é o que eu tenho apregoado com muita insistência. Pelo que fui informado, existe um grupo para recolha de opiniões, mas espero que alguém possa dar-lhe resposta ainda neste post.
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