Addis-Abeba - A União Africana (UA) está em busca duma posição consensual sobre a crise pós-eleitoral na Côte d’Ivoire.
A 16ª Cimeira da UA, que inicia hoje (domingo) na Etiópia, foi antecedida de uma reunião à porta fechada do Conselho de Paz e Segurança (CPS), que seguiu à apresentação do relatório sobre a crise ivoiriense pelo Presidente burkinabé, Blaise Compaoré, não conseguiu tomar uma posição comum.
«Por ausência dum acordo na reunião do CPS, foi decidida a criação dum painel de alto nível cujas propostas serão directamente transmitidas à Cimeira dos Chefes de Estado. O painel tem como mandato propor todas as opções», disse um delegado que participou na reunião do CPS.
Segundo esta fonte, vários países africanos manifestaram reticências relativamente à opção militar prevista pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para afastar do poder o Presidente cessante, Laurent Gbagbo. É o caso da África do Sul e o Uganda demarcaram-se da opção militar como meio de resolver a crise política ivoiriense.
Medianeiro da UA na crise ivoiriense, o primeiro-ministro do Quénia, Raila Odigna, sugeriu outros meios para obter a saída de Gbagbo do poder. «O problema da UA é que ela não pode aceitar que um homem que perdeu as eleições permaneça no poder. A lógica do facto consumado criaria um precedente grave no continente sobretudo neste ano eleitoral crucial», disse um participante da 16ª Cimeira da UA.
Este dossiê ocupará um lugar central nos debates à porta fechada da 16ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA que tem como lema «Valores Partilhados para a Unidade e a Integração Africana».
Fonte: Angolapress - 30.01.2011
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