Praia - Cabo Verde ocupa o 118º lugar, em 169 países, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e é superior a países ricos em recursos como Angola ou Nigéria e integra o grupo dos países com desenvolvimento médio, onde figuram a África do Sul, as Maldivas ou a Indonésia.
Em 2009, a população pobre foi reduzida até aos 24 por cento. Os indicadores são do relatório de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e sustentam também eles a “máxima” que começou a ser usada nos meios diplomáticos internacionais em relação a Cabo Verde: “no resources, no problems” (“sem recursos, sem problemas”).
O arquipélago ocupa a posição 118, em 169 países, e está no mesmo grupo que a África do Sul, que tem a posição 110, e acima, por exemplo, de Angola e Nigéria, que no grupo de países com desenvolvimento humano baixo, ocupam as posições 146 e 142, respectivamente.
A coordenadora residente do Sistema da ONU em Cabo Verde, Petra Lantz, afirmava recentemente em declarações à agência Lusa que este “é, de facto, um país único. Está no caminho correcto e tem a certeza do dever cumprido. Muitos outros, com recursos naturais, estão longe de alcançar os resultados cabo-verdianos”.
Segundo os dados mais recentes, Cabo Verde conseguiu reduzir a percentagem da população mais pobre de 49 por cento, em 1990, para 26 por cento, em 2007, e para em torno de 24 por cento em 2009.
Segundo os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), a educação primária universal tem uma taxa de “mais de 90 por cento, quando em 1990 era de 72 por cento”. Na área da saúde, se em 1995 morreram 95 mães por cada 100 mil partos, em 2007 este número baixou para 16.
A responsável da ONU na Cidade da Praia avisava, porém, que há ainda muito caminho a percorrer e que as autoridades locais não devem perder de vista os problemas que ainda subsistem, “e que são muitos”. Em 2008, segundo o relatório da ONU, 46 por cento da população não tinha acesso a serviços de saneamento básico e 16 por cento a água potável.
Mas Cabo Verde pode atingir todos os objectivos do milénio até 2015 e “o mundo deve estudar o país que, sem recursos, recorrendo à boa governação e gestão de fundos, conseguiu demonstrar que o desenvolvimento é possível”, sustentou a responsável da ONU.
Fonte: Angolapress - 30.01.2011
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