Por Egídio Vaz
"Ditamole": é um termo usado na área das
ciências sociais e políticas (inclui-se o direito) que surge nos primórdios do
séc. XXI para caracterizar regimes políticos “aparentemente” democráticos mas
que guardam no seu âmago uma ditadura sensível e responsável pela exclusão dos
cidadãos em várias vertentes.
As características principais da Ditamole são: redução ao mínimo das opções ideológicas porém, manutenção formal das liberdades que na prática dificilmente são exercidas efetivamente; um regime de democracia política combinado com fascismo social (ineficiência INDUZIDA na distribuição da riqueza, resultando na sua concentração em determinadas mãos específicas e alinhadas com o regime; acentuadas desigualdades sociais e de género; pobreza extrema, exclusão e fragmentação dos partidos da oposição e sociedade civil); vigilância permanente sobre a produção do conhecimento, do debate académico e da investigação universitária; triunfo dos guardiões do templo.
A Ditamole difere da Democradura que em termos gerais consiste na “suspensão da constituição, na vertente dos direitos de cidadania; quando os governos apenas conferem a participação dos cidadãos em aspetos inúteis da mesma, v.g as eleições.
A leitura ou releitura da entrevista que o
Professor Antonio Francisco concedeu ao Canal, pode ajudar a tornar inteligível
o conceito que aqui quis deixar.
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