terça-feira, agosto 14, 2012

Manguele diz que atendimento nos hospitais é uma “vergonha”

“A maneira como se faz o atendimento causa-nos uma grande preocupação, uma grande tristeza e desconforto nisso. Sentimo-nos envergonhados quando ouvimos o público a falar daquilo que reconhece”.
O ministro da Saúde, Alexandre Manguele, reconhece que persiste um mau atendimento aos utentes nas unidades sanitárias em Moçambique.
O governante classifica de vergonhosa a qualidade da assistência que se presta aos cidadãos que procuram pelos serviços públicos de saúde.
“Todos temos acompanhado a preocupação do nosso público, as queixas e a insatisfação em relação à maneira como se é tratado nas nossas unidades sanitárias. A maneira como se faz o atendimento traz a causa-nos uma grande preocupação, uma grande tristeza e desconforto nisso. sentimo-nos envergonhados quando ouvimos o público a falar daquilo que reconhece não estar bem nos serviços de saúde.”
O responsável falava num encontro realizado ontem, no âmbito da implementação das actividades previstas no Plano da Estratégia de Qualidade e Humanização dos Cuidados de Saúde no país.
Estiveram presentes no encontro representantes da sociedade civil, confissões religiosas, líderes tradicionais, parceiros nacionais e internacionais, para partilhar ideias no sentido de implementar a estratégia de melhoria do atendimento nas unidades sanitárias.
A implementação da Estratégia de Qualidade e Humanização dos Cuidados de Saúde em Moçambique pressupõe a criação de comités nacionais, provinciais, distritais e nas diferentes unidades sanitárias. Os comités, as instâncias de mais alta importância, irão actuar no apoio à gestão do processo de implementação dos projectos e, desse modo, poderão contribuir na coordenação da implementação das actividades no sector da saúde,  melhorando a qualidade de atendimento nos hospitais, através do acompanhamento e interacção com os hospitais.

Fonte: O País online - 14.08.2012

Comentário (Reflectindo): O melhoramento da qualidade de serviço na função pública para por concursos públicos para os gestores. Só gestores por competência profissional, idóneos, com moral e ética, conduta humana podem garantir bom serviço. A confiança política e a promiscuidade entre partidarismo e a gestão da coisa pública já mostrou ser calamidoso, um infortúnio público em Moçambique. Isto por uma razão muito simples: para tal confiança é preciso ser lambebota ou escova de gente do partido no poder, compadrio com membros do partido que nem trabalha, gente que gasta muito tempo em reuniões da célula ou em propagandas partidárias; é preciso praticar trafulhices eleitorais...
Com tudo isto, quem tem autoridade moral para lhes pedir contas?
Podem criar comités, mas esses comités serão apenas o prolongamento das gestões actuais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nguiliche

Visite o hospital rural de Vilankulo, em vez de ficar envergonhado vai morrer de ataque cardiaco. De 10 parturientes que entram, 8 tem parto a cisariana. Eu nasci e cresci no campo onde na altura nao se sabia onde ficava hospital. Nao me lembro de ter acompanhado casos de morte por falta de condicoes para parto a cisariana, 99% de partos eram eram naturais com nados vivos. Duas razoes.1 Com a onda de falta de emprego, mecanicos e carpinteiros acabam caindo nos hospitais. 2 Quando é que humanos vao deixar de ser cubaias de formandos?