De acordo com O País online, dois analistas franceses Roland Marchal Rene Otayek acham que a eventual Independência do Sul do Sudão viola fronteiras coloniais e receia-se a abertura de um precedente, uma vez que a União Africana defende a integridade territorial dos Estados membros cujas fronteiras foram desenhadas pelos europeus na Conferência de Berlim...
“O caso do Sul do Sudão é, sem dúvidas, um precedente”, disse Rene Otayek, investigador do Centro de Estudos Africanos no Instituto de Ciências Políticas de Bordeaux. “Nunca houve, em nenhum país africano, algum referendo que permitisse que parte de população, numa região específica, decida se quer ou não continuar parte integrante de um Estado unitário”, acrescentou. A Eritreia votou a favor da sua independência em 1993, depois de uma guerra de 30 anos. Entretanto, diferentemente do Sul do Sudão, a Eritreia já existia como um Estado separado, que tinha sido anexada pelo seu vizinho do Sul (Etiópia), em 1962, logo após a sua independência da Itália.
Fonte: O País online – 06.01.2011
2 comentários:
Este caso deveria ser discutido no forum dos intelectuais moçambicanos.
Os lagos, grandes montanhas, grandes rios sempre definiram fronteiras naturais.
Tenho a impressão que dentro de 10 anos , se África não caminhar para a REGIONALIZAÇÃO , correrá o risco de FRAGMENTAR-SE, como irá já acontecer no Sudão.
Quando os Países tinham , média 4 milhões de habitantes por milhão de KM2, as fronteiras definidas no passado colonial, eram normais.
Deixam de o ser quando a média passa para 20/30 milhões.
Estudos demográficos referem que povos , podem querer ascensão política, quando prejudicados dentro da esfera tribal.
Acontece em Moçambique, quando uma província sem produção e produtividade de bens materiais fica com a mais-valia de um todo-exemplo da Prov. de Maputo.
Se houvesse REGIONALIZAÇAO, esse problema não seria de realce, porque seriam obrigados (por orgânica própria), por exemplo a "explorar" as terras de Inhambane-dentro dum contexto regional.
Prevenir é remediar.
Fungulamasso
Fungulamasso
Claro. No O País online coloquei a questão dos intelectuais africanos a discutir em benefício da África. Há anos discutimos sobre a regionalizacão no Imensis. Vou ver se recupero o debate.
Entretanto, temos um problema de falta de franqueza de muitos dos nossos intelectuais. É a minha constatacão. Trata-se de evitar conflitos.
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