O partido do presidente Robert Mugabe venceu com pelo menos 2/3 no parlamento, informou a comissão eleitoral do Zimbabwe nesta sexta-feira (2).
Um porta-voz do movimento já havia declarado nesta sexta que o partido Zanu-PF teria obtido cerca de 75% os votos nas presidenciais e o seu partido, e com isso poderia alcançar uma maioria de dois terços na assembleia. Feita as contas, a Zanu-PF obteve 142 dos 210 lugares do Parlamento e os analistas consideram que este resultado é suficiente para alterar a Constituição.
Os resultados das presidenciais ainda não foram anunciados, sendo esperados apenas na segunda-feira, mas um porta-voz do partido de Mugabe disse à AFP que o actual Presidente deverá recolher entre 70 a 75% dos votos.
Já o MDC, o partido do primeiro-ministro do Zimbabwe, Morgan Tsvangirai, não reconheceu os resultados das eleições de quarta-feira, cuja vitória é reivindicada por Mugabe.
Segundo a oposição, o processo eleitoral foi fraudulento.
"Decidimos rejeitar estas eleições e as suas consequências, o que inclui o governo resultante. Rejeitamos totalmente e não reconhecemos", explicou à AFP Douglas Mwonzora, depois de uma reunião do comité central do partido.
Se o resultado for confirmado, isso implicará uma grande vitória para Mugabe, de 89 anos e há 33 no poder, e uma derrota para o seu principal rival, Morgan Tsvangirai, que chegou ao cargo de primeiro-ministro sob sua presidência para evitar uma guerra civil.
No entanto, o chefe da missão de observadores da União Africana, Olusegun Obasanjo, declarou nesta sexta-feira que as eleições no país foram 'livres, honestas e confiáveis'.
Este julgamento é válido "a menos que existam outras coisas que possam ser demonstradas, deixando de lado alguns incidentes" que não foram suficientemente graves para modificar os resultados, acrescentou Obasanjo.
Os observadores apelaram aos partidos para que aceitem os resultados eleitorais.
Fonte: Rádio Mocambique - 02.08.2013
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