O Presidente da República, Armando Guebuza, disse que os recentes episódios que atormentam os bairros da cidade e província de Maputo não devem ser vistos como um alastramento do crime para proporções descontroláveis, mas sim como uma vaga de agitação.
Face a situação, o estadista moçambicano renovou os apelos no sentido de as comunidades manterem-se mais serenas e vigilantes bem como continuar a colaborar com a Polícia da República de Moçambique (PRM), que está empenhada em clarificar e resolver esses problemas o mais depressa possível.
Guebuza reagia ao drama em que estão mergulhados vários bairros da cidade e província de Maputo na conferência de imprensa havida hoje na Vila de Luenha, sede distrital de Changara, a 90 quilómetros da cidade de Tete, última escala da Presidência Aberta e Inclusiva que efectua a esta parcela do país, desde o último sábado.
Houve, de facto, segundo o presidente, casos recentes de crimes violentos que foram aproveitados por alguns indivíduos para ampliar e multiplicar o seu efeito, até porque essa é a finalidade de um panfleto, e como efeito disso, as pessoas querem de volta a tranquilidade, desiderato que é justo e legítimo.
“Mas não podemos concluir que é uma onde de criminalidade, mas sim de agitação”, explicou Guebuza.
O Chefe de Estado disse, por outro lado, não acreditar que a PRM não esteja a fazer nada, porque hoje, ontem e anteontem e antes disso estava envolvida em jornadas de patrulhamento com as populações e a pedir que elas aceitassem a sua direcção nessa acção a nível dos bairros.
Nisto, muitos aceitam, mas ainda há alguns grupos que têm dificuldades de se enquadrar nessa ordem.
Todavia, o apelo é que as comunidades mantenham a serenidade, aumentem a vigilância e continuem a colaborar com a PRM que está empenhada em clarificar e resolver esses problemas o mais rapidamente possível.
Na conferência de imprensa, Guebuza atribuiu nota positiva ao desenvolvimento da província central de Tete que, na sua óptica, mostra como a economia moçambicana, mesmo antes do carvão, dava óptimos sinais de crescimento, onde o carvão é um elemento fundamental mas não é ele que traz o crescimento, pelo contrário, ele aumenta o ritmo.
Guebuza apontou, a título ilustrativo, os distritos do planalto, nomeadamente Macanga e Tsangano contemplados na sua visita, onde foi possível constatar que os problemas que se colocam têm mais a ver com comercialização dos excedentes da produção agrícola.
A província de Tete é até agora conhecida como a terra do carvão, mas poderá ser conhecida em breve como a terra do turismo cinegético, aliás na localidade de Chipembere, Posto Administrativo de Chioco, onde trabalhou hoje ouviu denúncias contra animais bravios que provocam estragos em machambas das populações.
Desta feita, o desafio que se coloca a todos, em particular aos que vivem e trabalham nesta província, é como usar todas essas possibilidades de modo positivo visando beneficiar sempre as populações.
Fonte: Rádio Mocambique - 13.08.2013
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