Um empresário do ramo hoteleiro em Cabo Delgado, de nome Sadique Yacub, queixa-se de uma alegada burla supostamente protagonizada pelo governo provincial, por este não lhe ter pago, até à data, cerca de 286 000,00 Mt de dívida contraída em Junho último pelo executivo de Eliseu Machava, para custear as despesas de alimentação e alojamento da comitiva presidencial, durante a presidência aberta efectuada pelo chefe do Estado, Armando Emílio Guebuza, aos distritos de Ancuabe, Pemba-Metuge, Meluco, Muidumbe e Macomia.
Sadique Yacub diz ter sido contratado pelo governo provincial em Maio último para fornecer alimentação e alojar parte da comitiva presidencial no seu complexo hoteleiro localizado no posto administrativo de Metoro. Estranhamente, segundo disse, depois de tudo ter corrido bem, o governo provincial não quer sequer atender aos seus telefonemas que, em vão, vai efectuando na tentativa de falar com os directores provinciais do plano e finanças e da indústria e comércio.
Por conseguinte, Yacub decidiu denunciar o caso à imprensa como forma de pressionar o governo provincial a honrar com os seus compromissos. E, revelou que outros empresários, que também forneceram refeições e não foram pagos, preferem exigir o seu dinheiro silenciosamente, para evitar represálias, uma forma com a qual ele diz não concordar. “Eu não sou dessa opinião, forneci refeições em condições muito forçadas durante a presidência aberta, agora exijo o que é meu”, afirmou.
A fonte acrescentou que, depois de ter cumprido escrupulosamente com todas as cláusulas contratuais, hoje não encontra resposta do governo provincial que, ultimamente, opta pelo silêncio total. “Hoje, os directores provinciais do plano e finanças e da indústria e comércio, nomeadamente, Paulo da Cunha e Florêncio Chavango, respectivamente, pessoas que estiveram à frente do processo de contratação de agentes hoteleiros, não atendem aos meus telefonemas”, lamentou.
Sadique Yacub refere que, neste momento, corre o risco de se sentar no banco dos réus, alegadamente, porque os fornecedores dos produtos alimentares, que ele serviu à comitiva presidencial, estão a processá-lo judicialmente, pois havia adquirido os produtos a crédito nas cidades de Pemba e de Nampula. “estou a ser processado judicialmente porque eu tinha passado cheques pré-datados, na esperança de que o governo pagaria o dinheiro logo depois do fim da visita presidencial”.
Como se não bastasse, o empresário diz ter também outros casos mal parados na sede distrital de Ancuabe e no posto administrativo de Metoro.
Fonte: O País - 20.08.2013
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