Fez anos esta semana. Em mão tem o seu novo trabalho musical “Melo” – um termo Macua de Moçambique e que significa amanhã.
Chama-se Gimo Mendes, é moçambicano da província de Nampula, mas os sons e as culturas diversas que habitam a Ilha de Moçambique, onde viveu, influenciaram desde logo a sua música.
Gimo Mendes tem a visão do que o desenvolvimento económico do seu país natal, Moçambique, não é necessariamente a transferência de tecnologia, bens materiais ou dinheiro – mas a liberdade de criar.
A sua criatividade é acima de tudo a sua música, extremamente bem recebido fora de Moçambique, mas a precisar de ser conhecida no seu país, pois é ele que informa a sua música.
“A minha música,” diz Gimo, “pertence aos lugares onde as pessoas se encontram, onde as ideias crescem, onde podemos criar no cruzamento cultural a compreensão, o desenvolvimento, novas opções, um sentimento de fraternidade e uma atmosfera positiva.”
No início dos anos 80 juntamente com outros músicos fundou a famosa banda Eyuphuro que nos ofereceu música inspirada pelos ritmos da Ilha de Moçambique. Todavia, como muitos outros músicos africanos (entre eles muitos moçambicanos) demandou há anos outra paragem na procura de crescer como músicos.
“Melo” é dedicado a Nelson Mandela que Gimo descreve como o grande filho de África. Foi um trabalho de 4 anos que agora chegou ao público, não só na Dinamarca onde Gimo vive, como, esperamos, ao público moçambicano. Ana Guedes conversou com Gimo Mendes. Ouça a entrevista e a música de Gimo Mendes.
Fonte: Voz da América - 23.08.2013
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