No dia 15 deste mês, um dia depois do assassinato de Valentina Guebuza, a polícia veio a público dizer que, com Zófimo Muiuane, havia sido encontrada uma arma do tipo pistola, que foi usada no crime.
Hoje, seis dias depois do sucedido, a polícia disse ter ainda mais elementos sobre o crime que tirou a vida da filha do ex-estadista moçambicano, Armando Guebuza. Além da pistola que alvejou mortalmente Valentina Guebuza, a PRM encontrou na residência do casal Zófimo Maiuane e Valentina Guebuza mais três armas de fogo, totalizando quatro armas.
Sobre esta última apreensão a polícia não esclarece a quem pertenciam as três armas, porém a arma usada no crime já havia sido esclarecido que Zófimo Muiuane adquiriu na África do Sul, mas não exibiu a licença da mesma: “Foram apreendidas quatro armas, uma do tipo pistola, sendo duas carabinas e uma arma shotguns. Portanto, continuam diligências no sentido de explicar a proveniência dessas armas e a legalidade das mesmas”, explicou o porta-voz.
Ainda na residência do casal, onde a polícia fez a reconstituição do assassinato, foi recolhido um carregador completamente carregado e doze munições. A polícia garante que estão em curso investigações no sentido de apurar se as armas encontradas na casa de Zófimo teriam ou não sido usadas.
Actualmente, a investigação sobre a violência doméstica que culminou na morte de Valentina Guebuza está nas mãos da Procuradoria-geral da República, sendo que Zófimo Muiuane, que confessou o crime, aguarda julgamento na cadeia de máxima segurança, mais conhecida por B.O., no bairro do Infulene, na Matola.
Valentina Guebuza foi baleada pelo seu próprio marido, na casa onde o casal vivia, na noite da última quarta-feira, em Maputo, com recurso a uma pistola, sendo que o funeral decorreu no último sábado no cemitério de Lhanguene, na capital, e foi antecedido de velório na igreja Presbiteriana.
Entretanto, ainda na tarde de hoje, a nossa equipa testemunhou o momento em que a flat localizada no quinto andar do prédio 612 na Avenida Julius Nyerere, na capital do país, local onde ocorreu o crime, era evacuado. Bens eram retirados por equipa da polícia à paisana.
Vizinhos não quiseram dar qualquer testemunho sobre o que teriam acompanhado no dia catorze de Dezembro corrente, dia do assassinato.
Fonte: O País – 20.12.2016
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