O presidente da Associação Moçambicana de Juízes (AMJ), Carlos Mondlane, considerou hoje que o crime organizado tentou capturar o Estado nos últimos anos, através de atentados contra a classe dos magistrados, defendendo a protecção dos operadores de justiça.
"A magistratura foi atacada através destes assassinatos e o crime organizado tentou capturar o Estado", disse Mondlane, citado num comunicado da AMJ enviado à agência Lusa, referindo-se ao homicídio, em Abril, de Marcelino Vilanculos, magistrado do Ministério Público moçambicano, na cidade da Matola, arredores de Maputo, e de Carlos Silica em Maio de 2014, magistrado judicial, no centro da capital moçambicana.
Os últimos anos, prosseguiu o presidente da AMJ, têm sido marcados por uma crescente insegurança para a integridade física dos magistrados, o que levou a classe a interpelar as entidades competentes para uma maior protecção dos operadores da administração de justiça.
"Fizemos, depois destes trágicos acontecimentos, uma reunião de balanço sobre a segurança dos magistrados. Discutimos profundamente este tema, tendo as conclusões sido remetidas para as instituições policiais e de justiça que deverão cuidar especificamente desta matéria", explicou Carlos Mondlane.
Mondlane destacou que a AMJ empenhou-se este ano no fortalecimento das relações de concórdia e colaboração com os vários agentes jurídicos e judiciários.
Fonte: SAPO – 08.12.2016
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