O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) voltou, ontem, a defender a necessidade de revisão da Constituição da República, de forma a viabilizar a eleição dos governadores provinciais.
Simango, que falava na cidade de Quelimane, capital provincial da Zambézia, explicou que nada justifica que as províncias tenham “governadores telecomandados” de Maputo pelo Governo Central, que, no entanto, não conhece nem compreende os problemas da base.
Simango foi mais longe ao considerar absurdo que os governadores províncias cheguem aos respectivos cargos pela indicação e confiança política, quando, na verdade, nem sequer são oriundos das províncias para onde geralmente são indicados.
O político entende que, a acontecer a eleição dos governadores provinciais, em 2019, os mesmos devem ter poderes absolutos para a indicação dos administradores distritais e de toda a máquina governativa.
“A revisão da Constituição é algo pontual, tendo em conta que temos que ser flexíveis na descentralização efectiva. Queremos eleições locais para escolher pessoas locais para solucionar os nossos problemas”, disse, deixando pelo meio críticas aos “excessivos poderes do Chefe de Estado”.
O presidente do MDM falou, igualmente, da actual instabilidade política que o país vive. Para Simango, a mesma visa retardar o desenvolvimento, desde o político até ao económico, por isso, critica os dois beligerantes, considerando-os protagonistas do sofrimento do povo nas zonas de conflito armado.
Fonte: O País – 08.12.2016
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