Dois professores primários e estudantes universitários foram detidos pela Polícia da República de Moçambique, na cidade da Beira, indiciados de terem furtado, em circunstâncias ainda por esclarecer, em Novembro do ano passado, exames e guias de correcção dos exames finais da Universidade Católica de Moçambique (UCM), centro de Ensino à Distância.
Cerca de 14 mil estudantes foram “beneficiados” pela fraude, tendo obtido excelentes resultados. Os detidos admitem o envolvimento no desvio do material.
Dadas as elevadas notas que parte considerável dos cerca de 14 mil estudantes obteve - nos diferentes centros não só em Sofala, como Manica e Zambézia, alguns com 20 valores em mais de cinco disciplinas, entre elas Matemática e Português, - a UCM iniciou imediatamente uma investigação e conclusões preliminares indicaram claramente que houve fraude e os exames foram anulados.
A instituição agendou, a partir do dia 20 deste mês, a realização de outros exames e apela aos estudantes a não se envolverem em esquemas.
“Convidamos os estudantes a se distanciarem de actos fraudulentos, porque as medidas já são conhecidas”, exortou o vice-reitor, Armindo Tambo.
Se se provar a culpa, em tribunal, os indiciados poderão cumprir penas que variam de dois a oito anos de prisão.
Fonte: O País – 10.01.2017
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