A crise financeira que se faz sentir em Moçambique está a condicionar a contratação de mais professores para os vários níveis de ensino na província central de Sofala.
O facto foi revelado pelo director provincial de Educação e Desenvolvimento Humano, Manuel Chicamisse, em declarações a estacão de televisão privada STV, sobre os preparativos da abertura do ano lectivo de 2017.
Segundo Chicamisse, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MEDH), a nível da província de Sofala, contratou para o presente ano lectivo, que inicia no dia 20 do corrente mês, apenas 450 professores dos 700 necessários.
Este facto poderá ditar a manutenção do rácio professor aluno. Actualmente, um professor está para cerca de 60 alunos naquela província. Aliás, este cenário não difere muito das restantes províncias do país.
Não vamos conseguir reduzir o rácio. O rácio vai manter-se semelhante ao ano passado. Nós, como sector da educação, entendemos que caso não consigamos, obviamente que os professores deverão fazer horas extras, disse a fonte.
A província de Sofala conta actualmente com 14 mil professores para os vários níveis de ensino e 531 mil alunos distribuídos em 927 escolas.
Deste número, 23 não funcionam devido a instabilidade política que forçou a movimentação oito mil alunos e 130 professores para outros pontos, cenário que está a mudar com a trégua de dois meses declarada por Afonso Dhlakama, líder da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique.
Alguns locais já davam indicações de estabilidade mesmo antes da trégua. As escolas já abriam, afirmou director provincial de Educação e Desenvolvimento Humano.
Refira-se que os ataques armados da Renamo forçaram o encerramento de várias escolas.
(AIM)
(AIM)
Fonte AIM – 15.01.2017
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