Obama Recebe Jovens Líderes Africanos na Casa Branca
... Depois do seu discurso, o Secretário de Estado Adjunto para os Assuntos Africanos, Johnnie Carson, convidou a primeira oradora do dia, a moçambicana Quitéria Guirengane, a usar da palavra. Expressando-se em português, Quitéria Guirengane, do Parlamento Juvenil de Moçambique, afirmou que o panorama com que a sua organização se confronta hoje é sombrio. E citamos: Vivemos uma democracia precária, onde o jovem apesar de constituir a maioria activa é continuamente preterido para um lugar de subalternidade e no qual apenas os jovens activistas do “lambebotismo” e do “yes-manismo” é que constituem a ínfima percentagem meramente cosmética de jovens nos órgãos de tomada de decisão, explicada pela necessidade política de visibilidade e não como factor de aprofundamento do exercício democrático do poder. Fomos e somos constantemente combatidos por nos afirmarmos como órgão apartidário e mobilizador da juventude”, disse Quitéria Fernando Guirengane, perante as centenas de jovens líderes presentes na sessão inaugural deste encontro aqui em Washington.
Aquela representante do Parlamento Juvenil Moçambicano disse ainda que “Moçambique é um exemplo avançado de um Estado partidarizado e de uma democracia precária, sublinhando que os Direitos Humanos em Moçambique são uma miragem e que o direito dos jovens à informação é constantemente violado pelas instituições públicas disfarçado de “segredo de Estado”, o que no seu entender hipoteca a transparência da coisa pública.
De Moçambique participaram: Nadja Remane Gomes, advogada da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH); Paulo Lopes de Araújo, coordenador nacional, da Associação da Juventude para o Desenvolvimento e Serviço Social de Moçambique; Quitéria Fernando Guirengane, chefe da Divisão dos Negócios Estrangeiros, do Parlamento Juvenil de Moçambique.
Fonte: Voz da América em Português - 03.08.2010
72 comentários:
Muito bem, mas nao é Obama que vai resolver os nossos problemas nem Mugabe, esta missao é nossa, dos jovens. O Azagai, Reflectindo, Karim, etc., fazem a sua parte, cabe a vez do resto de jovens.
Zicomo
Temos que aprender que os problemas de Mozambique se resolvem em Mozambique. Nao se resolvem por queixar aos Americanos. Quando é que os Africanos vao aprender a ter personalidade. Alguem ja ouviu um Europeu a queixar-se aos Fricanos por causa dos problemas do seu continente? Sao pessoas como esta que vendem a imagem de que ser da oposiçao é receber ordens dos estrangeiros. Deixem-se de queixinhas e encontrem soluçoes no vosso proprio país.
Viriato,
Esses 3 que voce fala 'e o meio campo ? ou sao pontas de lanca ?
Porque camisola 10 'e do Stefan Efemberg.
Sao defesas todos, os avançados hao-de vir. Epa, estou e rir pa.
Zicomo
Esta bem,
Entao este 'e um trio de centrais em frente a baliza, a defender nosso guarda redes ?
Esta bom,
Vais meter um libero ? ou trinco ?
Bem, nao queria comentar as palavras do Anonimo, que acha que é falta de personalidade falar dos problemas do nosso país nos EUA, com justificacao de que os americanos nao vao resolver os nossos problemas, e avança que as solucoes devem ser achadas internamente. Isto faz suspeitar que o cara anónimo deve fazer parte dos que criam esses problemas.Quais sao os caminhos internos para resolver os problemas arrolados pela Quitéria? Só faz sentido falar de fome, calamidade, défic orçamental nos EUA ou na Europa. Isso nao é falta de personalidade?
Qual é o problema que acha que os Europeus ou os americanos podiam queixar aos Africanos? Uph!
Cumprimentos do Anonimo
Banco de Suplentes,
Vamos ao debate!
Boa interpelacão do anónimo último anónimo, comentário nr 6, ao primeiro anónimo.
Como adoro fazer retrospectiva, até me questiono se é verdade que a nossa Quitéria foi queixar-se ao Obama. Terá ela dito uma coisa nova? Há pouco tempo não disse o mesmo um veterano em relacão a jovens duma certa ala? Não chegámos de discutir o mesmo em vários blogs mocambicanos e em particular no blog de Custódio Duma?
Mas atencão, não digo que lambebotismo é exclusivo para um partido. Eu prefiro dizer que passou à ser CULTURA para a maioria de nós mocambicanos, embora mais acentue-se pelo lado que detem os meios do Estado - oportunismo.
No meu entender a Quitéria disse o que é problema da nossa juventude em Mocambique, como o anónimo disse, da mesma maneira que fora de fome falamos de seca, de fome, de SIDA/HIV, etc, etc. Acho aquele momento ser de troca de experiência entre jovens líderes africanos. Os mocambicanos saberão do que acontece nos outros países africanos e isso é possível se eles forem francos.
Concordo com o Viriato que só nós os mocambicanos podemos resolver o problema de lambebotismo, de yesmanismo, mas para tal precisamos de identificar as causas.
Abracos
P.S: ocultar a verdade faz parte do lambebotismo.
Se a juventude despertar...nao me oobriga a dizer o que penso. Nao me obriga, por favor. A juventude é uma arma terrivel, acabou com a ditadura na Indonesia, etc...Bem, depende do tipo de ditadura...
Zicomo
Se a juventude despertar...nao me oobriga a dizer o que penso. Nao me obriga, por favor. A juventude é uma arma terrivel, acabou com a ditadura na Indonesia, etc...Bem, depende do tipo de ditadura...
Zicomo
Viriato,
Custodio Duma ?
Duma é um excelente jovem.
Nao conheço mas sei que ele é um daqueles que diz o que pensa sem tossir.
Nao era para menos, a mama Mabote preparou-lhe...ou nao?
Outro jovem, sumido, o Egidio Vaz é terrivel, enfim, temos bons defesas, medios mas continuam a faltar avançados.
Ha crise de avançados. De resto estaamos num bom caminho.
Zicomo
Viriato,
Sempre foram jovens e nessa fase que...
Karimo,
Sim Defesa de Direito Humanos. rsrsrsrsrs. Como me lembro de coisas.
Abraco
Viriato, vai arrolando.
De facto, há por aí jovens que não alinham com o lambebotismo.
Viriato,
Voce so tem um guarda redes e 3 defesas e o numero 10, para alem da juscelina e um outro que estao no banco,
O Muchanga ? trinco, custuma andar bem, o que que achas ?
Pois é, fica o Muchanga como avançado. Ele é bom. O nosso problema é avançado. Sao poucos.
Temos que appostar mais nos avançados. So assim é que conseguiremos acabar com o problema de nao emissao do passaporte ao amigo Karim (direito que a constituiçao lhe confere, esta coisa de ser chilande pa) e nao so, olhar tambem para a malta xingondo, a minha estirpe é cada vez mais esquecida, vandalizada. SOMOS OS TUTSI DE MOCAMBIQUE. OS HUTUS CONTINUAM A REINAR.
Zicomo
Entao voce fica com a ala,
'E so meter as bolas pro Muchanga, vou falar com o Ricardo pra ficar com outra ala,
Depois voces decidem qual 'e direita e qual 'e esquerda,
O ataque pode ficar nice,
Humm ?
Amigo,
O caso é serio. Obama vai obamar no orçamento. Podes crer que a situacao nao é para menos. O mano do cachimbo ja vai começar a tossir. A Juscelina esta a tramar as coisas. O Reflectido tinha razao, a partidarizaçao voltou ao parelhho do Estado. Pensei que estivesse a acabar.
Zicomo
Entao ?
'E pra eu pedir desconto ?
Nao... nao ha creditos, a mim nao me dao credito, Mano.
Antes de Dia 30 tem que haver mola, esta equipe nao 'e barata.
Fala com Ricardo, ha de falar com o "Big Brother", de desconto com mola, nada Mano.
Se voces nao tem dinheiro pra montar, eu so posso ajudar com trabalho, nao tenho pra pagar,
Isso pergunta ao Ricardo, ate eu estou espera de mola, eu tambem nao quer desconto na minhas contas, quero mola completa.
Atrevo-me a afirmar, baseado no que observo e discuto, que apesar de todo o barulho os jovens lambebotas estao em minoria, a geracao da verdade, embora ainda com menos visibilidade, ja é a maioria.
Parabéns à Quitéria, não é nada fácil afirmar tudo o que ela disse, embora todos saibamos que corresponde à realidade que se vive em Moçambique.
Receio que ela sofra represálias por parte do governo da Frelimo, pois discursos destes não lhes convém, denigrem a imagem do país.
Gostaria de ver mais jovens firmes como ela, pois o país daria uma volta de 360º se isso acontecesse.
Maria Helena
Caro José
Eu tenho medo que estejas a subestimá-los. Podem ser poucos, mas controlam a máquina do poder e em surdina podem manipular a opinião pública .
Neste momento devem estar num bar a reclamarem pela ida para Casa Branca de jovens não manipulados. Nisso tentarão fingir, mas a quem gostariam que lá fossem? Claro já os conhecemos.
Estejamos de olho..., como dizia um bloguista!
GRANDE QUITÉRIA! Muito bem dito e admirável a frontalidade e coragem dela. Penso que jovens com ela e o Azagaia devem ter todo o nosso respeito e admiração, porque muitos de nós, embora revoltados, não conseguimos dar a cara. Gosto de ver esta juventude. A sério! Vendo isto sinto que nem tudo está perdido neste nosso vale de lágrimas, agora com a subida de preços de tudo... esta-se muito mal!
Caro Reflectindo e V. Dias,
Fico feliz duma familiar estar presente, jurista da LDH, colega do Dr Custódio Duma-LDH, a Dra. Nadja-minha sobrinha, no encontro com o PR Obama-o PR americano mais jovial, desde os tempos de JFK (há 50anos)!.
Ela é Chingondo (beirense), ou "Tutsi" conforme a comparação do V Dias.
Quanto a geração será talvez "vira tudo", como foi opinado por um tetense, neste bloque, nome que talvez faça jus ao Moçambique momentum...
Esqueçamos por momentos os problemas dos outros Países, porque a crise Mundial assim o obriga...
A juventude moçambicana anda meia sem NORTE, como também está a juventude em quase todo Mundo.
E o problema conjuntural, está a ficar igual em todos os Países-a falta de novos empregos, fraco investimento, atinge mais os jovens.
Quanto a fazer "queixinhas", talvez crie alguma vantagem, e aumente fundos de apoios para as iniciativas juvenis-isto é mais doações das ONGs americanas.
Talvez não tenha sido o Fórum correcto, mas estando na presença do "Pai do Mundo", tinha-se de dizer qualquer coisa, para reflexão, de que o que aparenta de aceitável/razoável, pode esconder o absurdo.
Foi bom Moçambique estar na 1ª linha do encontro com PR Obama.
Devemos todos estar orgulhosos, e tenho esperança que sejam bem recebidos no regresso ao País, porque não´é todos os dias, que hajam acontecimentos deste nível.
Quanto a sugestão de defesas, avançados, etc, a melhor equipa é aquela que tem bom meio campo e um bom guarda redes.
Viu-se a Spain no Mundial!Falta de um grande guarda-redes.Há alguns (poucos) candidatos com carisma e qualidade!
Moçambique Hoye!
Zacarias Abdula
Isso parece uma missa da oposição...triplicam-se em comentários e enganam-se a si mesmo.
Os americanos cometem piores atrocidades no Iraque e Afeganistão, mas os americanos não cantam para o mundo que a américa está mal.
A interevenção dela mais parecia o discurso dum líder da oposição, numa das sessões da Assembleia da Republica. Espero que não tenha sido um copy and pasta
O Paulo Lopes de Araujo é irmão do Manuel de Araujo? Então o descurso foi mesmo um copy and paste
O/s anónimo/s
Só me fazes RIR, sabes?
Já não escreves o nome aqui e só naquele outro espaco? De que receias?
Afinal os lambebotas são pertenca dum partido identificado, já que os aqui concordam com a Quitéria estão numa missa da oposicão?
Nota: Brevemente publicarei aqui o diálogo entre Nadja Fernando Gomes, da LDH, e o Presidente Barack Obama.
Sao todos lambe-botas. Uns sao lambe-botas em Mocambique, outros sao-lambe-botas nos EUA.
Nao nos enganemos. Ha discursos que sao feitos para garantir alguns USD necessarios para o funcionamento de algumas organizacoes. Falando das coisas boas os USD podem voar.
E parem de atribuirem predicados forcados. Mulher corajosa eh aquela mae que se atirou ao rio Zambeze para lutar com um crocodilo que atacou a sua filha de 9 anos.
A senhora quando viu a filha na boca do crocodilo saltou para a agua, e lutou com este ate que largou a filha e fugiu. A menina ficou cheia de feridas mas sobreviveu. Essa sim eh uma mulher corajosa.
O resto sao mentiras para agradar aos incautos.
Uns sao lambe-botas e outros sao apostolos/mensageiros da desgraca. Nem uns, nem outros valem. Sao todos um bando de garotos distraidos com as belas flores nas margens do rio enquanto os peixes vao passando a vontade pelo leito. Que tristeza me trazem estes jovens...
Essas organizações e esses lambebotas dos estrangeiros precisam de inventar causas para que os dólares continuem a fluir. As causas parecem muitas. É só escolher e fazer o discurso politicamente correcto. Por exemplo:
a) queixar ao papá Obama que os líderes africanos são todos ladrões;
b) queixar ao papá Obama que a FRELIMO não quer entregar o poder aos jovens, isto é, ao Parlamento Juvenil;
c) queixar ao papá Obama que os jornalistas que criticam o Governo são perseguidos e mortos todos os dias;
d) dizer ao papá Obama que nós somos os únicos defesensores do ambiente.
Muitas das denúncias são mentira. Outras são absurdas. Outras causam espanto (O que é que papá Obama pode fazer para que a FRELIMO entregue o poder ao Parlamento Juvenil?)
Só que elas são úteis porque garantem o fluxo dos dólares e salários acima da média.
Sr. António Antique,
porque implica tanto com os anónimos?
Por acaso reflectindo é o seu nome?
Eu prefiro deixar anónimo que assinar Reflectindo, nome ficticio.
Essa miuda foi a states mendigar mais alguns dolares para os kotas Araujo e Muchanga, que apesar de idosos continuam a falar em nome da juventude.
Senhor Falso Anónimo.
1. Para a tua informacão ou inbformacão de quem enganas, não escrevo o nome porque eu faco meu comentários aqui em nome do MEU BLOG. Entendes ou ainda és surdo.
2. Não tenho medo de quem quer que seja, incluindo tantos da Frelimo e do conselho do Ministro que me conhecem e perfeitamente conhecem as minhas ideias. Por acaso, são tantos da Frelimo que passam por aqui e com eles falo eou troco e-mail.
3. Ao contrário, TU nem dás cara aos próprios frelimistas, pois esses já tanto disseram que não te conhecem.
4. Que eu nunca me faria passar de anónimo ou criar blogs em nome dos outros, ALGO QUE TU , por tua má criadez, FAZES. Repito, TU fazes porque és MAL CRIADO.
5. O Senhor que deixe de ser anónimo e escreva o seu próprio nome se quer ter o privilégio de insultar. nÃO QUERENDO FAZER ISSO EU TE BANO AQUI.
7.JÁ BEM TE DISSE QUEM DEFINE REGRAS AQUI NO MEU BLOG (PRIVADO) SOU EU.
6. Não admito de qualquer maneira diversões.
Como eu dizia ao José, não dava para subestimar os lambebotas, os que até foram denunciando por Jorge Rebelo. Eu sabia e sei da sua abundância.
Se os lambebotas, fazendo-se passar em anónimos não aparecessem aqui a declararem-se, tanto a Quitéria como Rebelo teriam mentido. Mas eles estão aqui presentes - os lambebotas estão aqui em anonimato.
Há semanas perguntei alguém em Nampula sobre o paradeiro de seu primo (meu antigo colega na primária). Ele disse-me que anda por aí metido na política e ainda na oposicão (Renamo). E eu perguntei-o se ele que punha a camisola do tambor e da massaroca não estava metido na política. A resposta imediata foi: pão! (ESTÔMAGO como diz Viriato).
Então, eu perguntei-o se é que ele não reconhecia que se metia na política por interesses pessoais enquanto que o primo por convicção?
Nota: 1) Se alguém acha que o trio, a LDH, o Parlamento Juvenil são lambebotas de Obama, muito bem, mas estes fazem isso a bem da nação, a bem de todos nós, de tantos necessitados e não como os lambebotas de que nós descrevemos aqui. Estes lambebotas são para os seus estômagos, são corruptos, larápios, e, por cima algozes, semeiam horror na sociedade.
E aí está a diferença. Aí está o motivo para os combater. São nocivos à nação.
2) Por estes lambebotas já eram previstos, terei que rebuscar até como Samora Machel os havia visto.
Caros
Só agora entrei neste debate ...fui ao blog do Professor serra e vi que o mesmo tema estava lá em discussão. vi lá também os comentarios dos meus amigos reflectindo e josé...e outros cidadãos.
esta discussão é forte mas mantenho a minha posição: repúdio total ao discurso desta jovem do parlamento juvenil lá nos states.
O que ela disse não é novidade e tem sido discutido entre nós...só não percebo porque é que tem que ser levado como foi levado para o Presidente Obama e para outros jovens líderes africanos.
de certeza que retraiu boas relações de amizade e cooperação que o país podia ter com os países africanos e com os proprios eua. A jovem, sem mãos a medir, disse que este país está um caos....
Pra ela vai o meu abraço (anti)patriotico ... façam chegar a mensagem
Basilio,
Quiteria esta em observacao, esta em testes pra Jogar na equipe,
Viriato escolheu-me pra central, depois quando eu jogo a central, gosto de deixar claro, eu nao quero saber, voce 'e ponta de lanca adversario ? entao 'e melhor ir ficar na tua area,
Se quizer jogar numa desta defesa nao tem ninguem, 'e melhor perguntar Aly Hassan, quem sou eu na defesa. Aproveita perguntar como o Karim joga no ataque, so estou na defesa por causa do Viriato.
Recua pro teu meio campo.
Caro Basílio
Ainda bem que reconheces que o problema existe. Isso é, em primeiro lugar, muito importante. É importante também que tenhamos, ou se tenha uma visão sobre lambebotismo é um câncro numa sociedade. Daí precisamos de encontrar as causas para depois delinearmos estratégias para o combate deste grande mal.
Porém, não concordo com a tua opinião de que os jovens, no encontro com Barack Obama tivessem que ser mentirosos ou "slimies" dissimulados, por algumas razões:
a) não sei porquê é mau dizer lá fora que muitos dos nossos jovens padecem do lambebotismo ou yesmanismo quando lá costumamos apresentar imagens de pessoas subnitridas? Ou que acima de 10 % da nossa nossa população adulta padece de SIDA/HIV?
b) por isso constituir internalizacão de um problema grave e bem conhecido mesmo por Barack. O seu discurso em Gana sobre fortalecimento institucional mostra que ele conhece África. Afinal, esse foi o motivo da festa quando ele foi eleito. E se não soubesse que o problema e o futuro do continente estava nos seus jovens, teria ele convocado um encontro igual? As discussões em volta do problema em Moçambique não a porta fechada. Aliás se revermos bem, havemos de ver que isto consta dos relatórios da USAID, e outras organizações internacionais. Com que cara os jovens lá tinham que ser “slimies”?
c) Não sou apologista de uma sociedade falsa. Gosto de uma sociedade honesta, franca e neste capítulo noto algo que temos que melhorar em nós. A consequência de tanta falsidade está a vista.
d) Olho com certo medo o compadrio onde se faz de norma (informal) para muitos que familiares, amigos, compatrícios ou conterrâneos ou pessoas da mesma etnia ou membros do mesmo partido não se podem criticar, antes pelo contrário, deve-se constituir uma compadrice, concordando em tudo, escamoteando a verdade dos factos, em nome da honra da família, amizade, etnia, partido ou nação ONDE sem reserva se elogiam feitos sem nenhum mérito. Isso afunda a nacão, criando uma sociedade desonesta.
Caro Basílio, esperto o teu subsídio.
Abraço
Caro Basilio, fiz uma postagem identica no blog do Prof Carlos Serra
Segundo o wikipedia, “Patriotismo é o sentimento de amor e devoção à pátria e aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão). Através de atitudes de devoção para com a sua pátria, pode-se identificar um patriota. Muitas vezes, o nacionalismo é utilizado como seu sinônimo. Porém, podemos dizer que o nacionalismo é considerado uma ideologia, que leva as pessoas a serem patriotas. Ser um nacionalista não implica algum ponto de vista político particular, à excepção de uma opinião da nação como um princípio organizado fundamentalmente na política. Agora, ser um patriota implica fazer algo de bom pelo seu país, ou nação.”
Eu nesta actuação vejo muito de bom para o País, que tem muitos jovens apartidarios, que clamam pelo desenvolvimento do País e igualidade para todos independentemente da sua filiação partidaria ou não. Estes, Basilio, não são dados ouvidos, senão àquele grupo que a Quitéria correctamente rotula de cosméticos, “lambebotas” e “yesmen”. Portanto para mim ela fez algo de bom e positivo pelo País, sem egoísmo, agenda pessoal – não como alguns que o fazem por beneficios económicos, comodismo – ou o fizeram por patriotismo, mas agora viraram as cartas.
Não concordas que através desse (anti)patriotismo, ela conseguiu capturar os ouvidos daqueles que a ignoram quando ela fala numa plataforma local? Através dessa plataforma mundial, ela não só fala para o estrangeiro como também para membros do partido no poder e na oposição em Moçambique (ca em casa).
Basilio, a guerra de libertação Nacioanl que os nossos pais Mondlane, Samora, Dos Santos, Chissano e Guebuza travaram foi feita dentro e fora de Moçambique. Até porque àqueles que conhecem a história de Moçambique dir-te-ão que grande parte da luta foi através do estrangeiro – Já ouviste falar de Dar-es-Salaam, Accra, Washingtion, Paris, Moscow, Algiers, só para mencionar alguns dos lugares históricos para Moçambique. Dizer que "não", é cinicismo e é também insultar as almas de Mwalimo Nyerere e Nkwame Krumah. Foi uma luta (anti)patriota a de Mondlane, Manyanga, Samora e Dos Santos? Os colonos estavam dispostos a dialogar? Deveriamos ter esperado pelo desenvolvimento natural das coisas?
Quando afirmas que não se deve espalhar problemas internos na casa vizinha, assumes que o marido cá em casa está disposto a comunicar-se ou a pelo ao menos ouvir – hoje em dia (aprendemos com Joaquim Chissano) faz-se tudo por vias diplomaticas. Quando quem de direito faz ouvidos de mercador internamente, so resta aqueles com poder persuasivo usar meios alternativos para capturar a atenção desejada.
Portanto, quando o marido (pai) não dá ouvidos, a esposa (ou filhos) chamam ao padrinho, é ou nao é? E se fores a dizer-me que os EUA não são o padrinho ideal; indagarei o porque da participação deles no apadrinhamento do Orcamento do Estado, nosso Estado (meu e teu Estado).
E noto, sempre, que tu concordas que os problemas existem, não são invenção de ninguém; a pergunta é, o que é que esta sendo feito para sana-los? Será que o Governo actual é incapaz de fazer melhor, ou não ha vontade politica?
Entao, eu e o resto dos jovens que concordam com as posicões da Quitéria diremos que sim, ele merece uma recepcão jubilosa, senão de Heroina; pois fez e disse aquilo que muitos jovens Mocambicanos (grande maioria até membros do Partidão) gostariam de ter coragem de dizer – Que afinal pouco foi feito – e se assim continuar – pouco será feito.
Que tal estaras la para a receber?
PS: Para alé do Azagaia ha muitos outros jovens que fazem abordagens ai em casa - conheces os nomes desses "(anti)patriotas"? lol
Do mesmo jeito que tu espressas repudio, eu repudio o "comodismo" dos jovens que vendem (por salarios mensais) a nacão e a causa dos jovens ca em casa
Laude Guiry
Ainda bem que estamos a debater e não a insultar-nos uns aos outros.
Já agora conhecem estes jovens líderes que estão lá nos "states" ? Podem dar-me referencias de lideranças deles no associativismo ou na vida activa do país ? gostaria de ter mais dados...ninguem sabe tudo, por isso partilhem esses dados.
Não vou discutir sobre os critérios de selecção deles, porque depois entrariamos num outro debate ... pode ser que tenham sido indicados pelo CNJ, ou pelo governo, ou pela oposição, ou mesmo pelo Governo americano (o que é pouco provável pois eles não conhecem os nossos líderes melhores do que nós).
Peço referencias ...
Laude Guiry,
Gostei da sua participação, optimo ponto de vista e excelentemente explanação.
Laude Guiry,
Gostei da sua participação, optimo ponto de vista e excelentemente explanação.
Caro Reflectindo,
Entro neste debate para dizer que uma das coisas que admiro nos latino-americanos, por exemplo, que são quase tão pobres como nós, é que não usam os europeus ou os americanos como os manos grandes, ou os árbitros a quem se reporta as coisas más que acontecem nos seus países. Os latino-americanos, jovens e velhos, procuram eles próprios alterar o que anda mal nas suas terras.
Pelo contrário, os africanos, em especial os moçambicanos, usam qualquer encontro com os estrangeiros para apresentarem problemas políticos dos seus países. Problemas políticos de países são como problemas conjugais. É de mau tom externariza-los.
Os jovens de outros países usam esses encontros com os americanos para descobrirem oportunidades para eles próprios e para os seus países. Oportunidades de intercámbio cultural. Oportunidades de intercámbio turístico. Oportunidades de educação. Oportunidades de negócio. Oportunidades de aproximar os dois países.
Nós não! Basta chegarmos a Lisboa ou a Washington advinha-se logo o que um moçambicano vai dizer: falar mal do seu governo, falar mal do seu presidente, falar mal do seu país.
Eu penso que neste blog, que é de um moçambicano, que é basicamente frequentado por moçambicanos, podemos debater, podemos discordar, podemos zangar. Entre nós filhos da mesma mãe pátria. Mas se um estrangeiro se meter e tentar fazer intriga entre eu e o Reflectindo, irmãos que somos, deveríamos nos unir e virarmo-nos contra esse estrangeiro e ensina-lo que a sua acção é bem vinda.
Experimente, caro Reflectindo, ir a um bar de Madrid. Lá encontrará que todos os espanhois falam mal do seu governo, dos seus políticos e de si próprios. Experimente você, caro amigo, testemunhar que eles têm razão, que na verdade, como eles dizem, os seus políticos são uns ladrões! Experimente caro Reflectindo, e terá e Espanha inteira querendo vingar essa afronta, querendo morrer pela gloriosa Espanha, querendo ser herói porque Reflectindo acusou a Augusta e Santa Espanha.
Confesso que invejo a maneira de ser dos espanhois, maneira de ser que foi transmitida aos seus filhos que povoaram a América Latina.
Não se trata de ser falso. Trata-se de amor próprio. Esse amor próprio que impede qualquer um de nós de, com estranhos, falarmos mal da nossa mãe, do nosso pai, da nossa esposa ou dos nossos filhos.
Afinal, a pátria é uma famíla.
Viriato Tembe
Viriato,
Muitos factores ditam que a comparação da America Latina a África é incorrecta. pelos seguintes pontos:
- O ocidente não contribui para o Orcamento do Estado das nacões da Sul e Centro-Americanas (so para as Caraibas) - Portanto auto-suficiência
- Nestas nacões (com a excepcão da Venezuela - que irei discutir abaixo) há consenso sobre os processos democráticos - portanto há democracia e transparência eleitoral
- Mas não vamos esquecer que a maioria da populacao indigina da Americana Latina ainda nao tem voz na definicão do futuro da suas respectivas nacões (e quem assisti documentários vê que esse povo sempre chuta para o ocidente as suas reclamacões)
Sem querer tomar uma posicão social (dar razão ou não), há milhares de dissidentes Cubanos nos EUA e na Europa.
Quatro exemplos:
- Brasil - já houveram varias mudancas democraticas (e partidarias) - FHC e Lula nao provém do mesmo partido - as eleicoes são transparentes, jovens não são alvejados por filiação partidaria)
Na Venezuela - os membros da oposição estão sempre no ocidente a reclamar as supostas mudancas antidemocraticas - mas estes casos são diferentes - Hugo Chave luta pelo direito das massas, e contra a elite que se instalou no pais em detrimento da sociedade geral (caso em questão em muitos paises Africanos)
- Argentina - Democracia e transparência
- Bolivia - O poder esta nas mãos do povo pela primeira vez, depois de muita luta
Mandela disse que nós não só devemos lutar contra a opressão branca, mas também a negra.
Samora disse que a "Luta Continua".
Vamos honrar Samora, Mandela, Sankara, Lumumba e Olof Palme garantindo um Futuro melhor para todos Mocambicanos, lutando contra o "Comodismo", "nepotismo”, "apadrinhamento", "yesmanismo" e "lambebotismo".
Nos tempos de Pinochet e Noriega, haviam muitos dissidentes em Chile e Panama.. Lembre-se que a America Latina ganhou a sua independencia a cerca de um século antes de África – lutaram contra muitos governos ditadores – estando dentro e fora do País.
Também a América Latina sofreu muito mais do que a África, através de mudanças anti-democraticas financiadas pelo Ocidente – Em África nós só perdemos a Lumumba e Sankara. Portanto temos
Portanto, com todo respeito acho que a sua comparacão não tem mérito.
Laude Guiry
Na bancada, a rir.
Zicomo
Caro anonimo (ultimo),
Não me parece ser justo comparar a nossa situação com a dos espanhois. As nossas realidades, os nossos problemas e as nossa forças ou capacidades de fazer são também bastante distintos. A verdade é que internamente não há voz e nem força sufuciente para fazer mudanças que todos acreditam ser imprescendíveis e então recorre-se a quem tem alguma força. E veja o que estes fizeram há pouco em relação ao orçamento, pelo menos já se fala em retirar as celulas do partido do poder das repartiçoes para rsidencias, é algum avanço. Portanto, é legitimo que se recorra a quem tem poder para ajudar-nos nesta cada vez mais miserável situação de muitos de mós moçambicanos. Não adianta tapar o sol com a peneira!
Laude, está a sugerir que amor próprio seja proporcional ao dinheiro que se tem? Não creio que a questão do dêfice orçamental seja instrumental na relação entre latino-americanos a norte-americanos. Afinal, o que os USA dão a qualquer nação da América Latina em forma de ajuda deve ser 20 vezes mais ao que eles dão a Moçambique.
A África inteira deve não receber dos USA o equivalente ao que este país dá a um único país da categoria da Argentina.
Só que a ajuda que os argentinos recebem não os transforma em lambebotas dos norte-americanos. Uma elevada percentagem de indivíduos da classe média/alta da Argentina (e da América Latina) é profundamente anti-imperialista. E este anti-imperialismo, para o caso deles, é personificado pelos USA. Os mesmos que dão as tais avultadas somas na forma de ajuda.
Por isso, caro Laude, o nosso habito de choramingar perante os estrangeiros não deriva do dêfice orçamental.
A ditadura brasileira foi extremamente cruel. Prendeu, torturou, fez desaparecer e fusilou vários opositores. No entanto, do conhecimento que eu tenho daquele país, os brasileiros não foram fazer queixa aos americanos. Lutaram para democratizar a sua pátria.
Pode-se até dizer que, geralmente, até as próprias ditaduras latino-americanas são anti-imperialistas. Uma análise às realizações económicas da facínoras como Pinochet ou dos generais brasileiros demonstra o que digo.
Finalmente, caro Laude, eu não saio por aí a falar mal do meu pai, com estranhos. Mesmo que ele seja bébado. Mesmo que ele tenha dificuldades de garantir-me uma vida similar à dos meus amiguinhos. Não é uma questão de dinheiro. É uma questão de caracter.
Viriato Tembe
Insisto:
Ainda bem que estamos a debater e não a insultar-nos uns aos outros.
Já agora conhecem estes jovens líderes que estão lá nos "states" ? Podem dar-me referencias de lideranças deles no associativismo ou na vida activa do país ? gostaria de ter mais dados...ninguem sabe tudo, por isso partilhem esses dados.
Não vou discutir sobre os critérios de selecção deles, porque depois entrariamos num outro debate ... pode ser que tenham sido indicados pelo CNJ, ou pelo governo, ou pela oposição, ou mesmo pelo Governo americano (o que é pouco provável pois eles não conhecem os nossos líderes melhores do que nós).
Peço referencias ...
Ja agora: deviam ter aproveitado para pedir ao BO mais evidências das acusações sobre MBS não ???
Caro Viriato
Quando mendigamos no estrangeiro por causa de cheias, secas, defice orcamental - certamente que estamos a falar bem do Pais.
Quando tu es vitimado por causa de certas opcoes que tu tomamos (deixo bem claro que nao eh o meu caso, mas assisto todos dias, e oico testemunhos sempre), temos que compartilhar com outras nacoes, nao so os EUA, com a Africa, e o mundo alem fronteiras.
Porque eh que os Africanos nao resolvem o problema da Somalia entre eles, se representa falta de caracter. Porque eh que os proprios Somalis nao resolvem os seus problemas.
Acho que estas enganado quando dizes que os Latino-Americanos (Brasileiros em especial) resolveram os seus problemas sem intervencao diplomatica estrangeira. Houveram apoios, dentre asilos, etc, etc.
Chamar aqueles que vao para fora compartilham as suas experiencias de imperialistas eh errado. Porqueh nao? Eu os chamo de realistas, eles buscam a experiencia dos outros para poder mudar de maneira celere as condicoes enfrentadas pelos jovens Mocambicanos.
Entao, isso deve ser feito em duas frentes:
1. Interna, falando as paredes, ate que elas se quebrem e deem ouvidos
2. Pressao diplomatica externa para que facam as paredes ouvirem
Nao ha imperialismo nisso. Acho que todos Mocambicanos sao anti-imperialistas. E se quem dialoga com os Americanos e expoe problemas internos eh imperialista, entao o nosso Governo eh imperialista.
E Viriato, estas enganado quando dizes que os EUA contribuem para o Orcamento do Estado dos paises da America Latina. Nao o faz. As obrigacoes destes paises sao em relacao as instituicos de Bretton Wood e dividas nao-concessionarias a investidores privados - similar a Africa do Sul. O unico apoio que os EUA da a alguns desses paises eh na luta contra-narcotrafico.
Porque eh que os nossos Libertadores nao conversaram com os colonialistas, para manter as nossas roupas sujas ca dentro de casa, na provincia ultramarina. Porque os colonos nao estavam dispostos a dialogar e a aceitar o "inevitavel", a independencia total e irreversivel de Mocambique. Porque eh que os nossos governantes nao param de pedir apoio ao Ocidente e no processo expor os nossos multiplos defices (orcamental, organizacional, social)? Porque eh que nao resolvemos o problema orcamental internamente?
Como disseste e muito bem todos amamo-nos como irmaos, mas existem problemas que nao se resolvem dentro de casa.
E tens que diferenciar "choramingar" e partilhar para aprender.
So o Pais ganha quando olhamos para dentro, vemos o que esta errado, aprendemos com os Brasileiros o que eles fizeram para corrigir o mesmo no passado - and move on.
Laude Guiry
Caro Basílio
Aqui quando há debate, deixo até tudo a fluir. Quanto diferentes posições houver melhor é o debate. Os comentários dos que se fazem passar pelo anonimato para insultar os outros elimino-os depois de arquivos-los no meu ficheiro.
Agora lamento que o caro Basílio não tenha começado a debater sobre o assunto. Não acho importante que estejamos aqui a falar de quem são os jovens que estão a falar com o Presidente Obama. Mas Basílio tem que ter a certeza que essa pergunta sua é em si um assunto muito grande. Porquê ela tem que ser? O que é que realmente Basílio quer nos transmitir com a sua pergunta? Prefiro não me demorar nessa questão menos útil neste debate.
A bem do debate, vamos ao assunto. Eu coloquei-te as razões da minha disconcordância ao que achas que nunca devia se dizer em fórum internacional ou fora. Laude Guery fez o seu comentário que tanto gostei. É comentário para além do que eu escrevi. Não achas que seria bom que rematasses o teu posto de vista de forma muito clara. Terias tu a ganhar, sabes?
Caro Laude Guery
Bom regresso aos debates na blogsfera! Tenho me preocupado pela tua ausência, mas quis entender que tens outras prioridades.
Não tenho nada a acrescentar senão agradecer-te pelos pontos que colacas neste debate. No último comentário interpelando ao Viriato Tembe disseste o que realmente pensei em fazer. V. Tembe deixou em dúvidas sobre que Latina América que estava a falar.
Caro Viriato Tembe
Bom regresso ao debate!
Acho-me sem necessidade, por enquanto de repetir o que Laude Guery escreveu sobre América Latina. Achei a imagem que tens sobre América Latina muito diferente da que tenho. Para além de ler e assistir na televisão aqueles países, tenho amigos e colegas do Brasil, Cuba, El- Salvador e Chile.
Entretanto, peço que leias o que uma vez disse Oscar Arias, presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz (1987): “ os países caribenhos e latinoamericanos “só pedem coisas ou reclamam coisas” cada vez que se reúnem com o presidente dos EUA.." Este exemplo pode não ser muito semelhante ao que discutimos, mas dá entender que os latinoamericanos não varrem o lixo para debaixo do tapete.
Por outro lado, explicita ou implicitamente, podes estár falando mal da tua África e melhor da América Latina. Estás te apercebendo disso?
Abraço a todos
Vou fazer uma pequena observação quanto aos contra.
O debate podia animar ainda mais se o meu amigo Basílio Muhate aparecesse com um ponto de vista muito claro. Até isso podia dar para a sua campanha (...);
O Viriato Tembe (tenho que escrever o apelido já que temos 2 Viriatos) embora nos dê uma imagem errada da América Latina, está apresentando o seu ponto de vista e fazendo fluir o debate com harmonia.
Caros amigos
Viriato critica o comportamento de alguns moçambicanos quando se encontram com europeus e americanos. Só que o faz num forum moçambicano, debatendo com irmäos moçambicanos.
Laude Guirry e Reflectindo, vocês podem indicar outros povos que conhecem que, basta se reunirem com estrangeiros se pöem a falar mal da política dos seus países. Eu vejo isso só com africanos, principalmente moçambicanos que se identificam com a oposiçäo.
O conflito que nós tivemos com os colonialistas näo era entre moçambicanos. Era entre moçambicanos e estrangeiros.
Pode-se ser exilado com alguma dignidade. O facto de eu estar no exilio nao dve significar que de cada vez que abro a boca seja para falar mal do meu país. Posso até falar bem de algumas coisas.
Há um programa na RDP que passa aos Domingos, no qual participam intelectuais dos cinco PALOP's. Há uma grande diferença entre aquele comentadores todos. Os quatro de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau e S. Tomé e Principe apresentam uma pespectiva que convoca simpatia para os seus países. O comentador moçambicano reproduz a linha editorial do Canal de Moçambique e do Zambeze. Isto para ver até alguns colocam o ser-se intelectual, crítico e corajoso. Para receber esses elogio, alguns moçambicanos acham que o unico que é preciso fazer é falar pessimamente dos seus países, com os trombones virados para Socrates, Obama, Cameron ou Sarkozy.
Concordo com Viriato Tembe quando diz que esta é uma situaçao lamentavel. Discutamos os nossos problemas politicos entre moçambicanos. Até porque nao acredito que Obama vá provocar uma outra Somália em pleno Oceano Indico, proximo da Somalia e com uma expressiva populaçao muçulmana. Ele nao é maluco para, com base nessas queixas, partir para a hostilizaçao e fragilizaçao de um poder que parece estável e é garante de estabilidade neste conturbada continente.
Angelo Mirasse
"O debate podia animar ainda mais se o meu amigo Basílio Muhate aparecesse com um ponto de vista muito claro. Até isso podia dar para a sua campanha (...);"
Podes ser mais claro Reflectindo ?
Caro Ângelo Mirasse
Obrigado pela contribuição. Mas deixe dizer que a única coisa que eu tenha para fazer é perguntar-te se é que logo tenho que te identicar com a Frelimo pelo teu comentário?
Aqui estás a repisar o que a Quitéria disse. Se criticas, és logo da oposição. Oposição de quê e quem. Acho que seria bom que definissemos bem os pólos. Eu nem todas vezes concordo com quem se simpatiza o mesmo partido que eu, com os meus irmãos, pais, amigos, conterrâneos, com os macuas. Aqui neste blog há muitos exemplos em que eu manifesto minha opinião contrária com quem em alguns assuntos somos convergentes. Não gosto de consensos forjados.
Por exemplo, neste debate não se precisa de cores partidárias, mas sim de pontos de vistas.
Até no meu primeiro comentário, escrevi que lambebotismo não era um problema particular da Frelimo, partido no poder, porque existe também nos outros partidos. Continuo pensando assim. O que evitei com o Basílio, por exemplo, é falarmos da cor partidária dos que estão com Barack Obama. Julguei ser uma insinuação e eu nunca entro nessas coisas para com quem é disponível aos debates. O nosso Moçambique precisa mais da nossa diversidade em pensamento e não do “yesmanismo”.
Não se pode discutir em Moçambique sem Nós e os Outros? E nesse Nós o que significa?
Não posso entender como falas mal dos moçambicanos na RDP, generalizando-os e que os melhores são angolanos, guinenses, cabo-verdianos, etc, mas ainda te julgas de quem varre sempre o lixo para debaixo do tapete.
Concordo que tu e eu sejamos de diferentes escolas, mas discutindo sobre isto eu gostaria que vissemos, como escrevi no meu primeiro comentário, que lambebotismo é um problema grave da nossa sociedade. E os nossos jovens foram trocar experiências dizendo a realidade de Moçambique e ouvindo a realidade dos outros países. Se isso não é possível por todos são “slimies”, então o melhor seria que não fossem.
O que me orgulha do meu país, são bons feitos, da realidade e nunca MENTIRAS, DESONESTIDADE. Eu não sou daqueles que dizem que são de Maputo porque têm vergonha de dizer que nasceram e cresceram numa zona recôndita. Dissimular a realidade é a falta de honestidade, meu caro compatriota.
Um abraço
Nota: exemplos não faltam meu caro compatriota. Os Chilenos fizeram na Europa tantas manifestacões contra o regime do Pinochet, Iranianos fazem na Europa e manifestacões contra os seus fundamentalistas, os americanos Michael Moore e Noam Chomsky fazem manisfestacões no mundo contra a guerra no Iraque e Afeganestão. Apenas são alguns exemplos que eu posso apresentar com links se for necessário.
Abraco
Caro amigo Basílio Muhate
Acho importante que tal como Laude Guary fez esforço para definir ou encontrar a definição do termo anti-patriotismo vs patriotismo, tu o fizesses. Não fazendo isso, não há mais que eu possa considerar quanto ao uso desse termo por tua parte como um insulto a nós todos que não pactuamos com O LAMBEBOTISMO e muito menos com a desonestidade e mentiras actos nocivos à sociedade.
Tens sim uma tarefa para nos dizeres o que pensas sobre o que é patriotismo vs anti-patriotismo. E pegues essa definição sem quereres insinuar insultos à cidadã Quetéria Guirengane compatriota que não conheço e nem me preocupo em conhecer, por ter usado os seus direitos constitucionais para se expressar livremente.
Sobre campanha digo depois e se necessário num outro sítio.
Com todo o respeito!
Abraco
Reflectindo,
achas que a moça do Parlamento juvenil disse a verdade?
Os direitos humanos são uma miragem em Miçambique? Se os direitos humanos fossem uma miragem, Moçambique poderiaser considerado o terceiro país mais pacifico da África e um dos mais pacificos do mundo?
Caro reflectindo
Yep, tem sido muito dificil participar activamente destes debates que são muito importante para o desenvolvimento social e economico do nosso querido Moçambique. E deixa-me dizer que continuo sempre a ler os seus posts – e comentarios dos seus demais seguidores. Agradecer por este trabalho nobre que rendes a nossa sociedade.
Caro Basilio
O reflectindo desafiou-te a debater. Ainda não te envolveste no debate – um estrangeiro a este debate iria confundir-te com um mediador. Mas acho que a tua inteligência (que desde já admito admirar) teve o insticto básico de evitar derrotas, sabes escolher bem as suas batalhas e não expor-te a derrotas – sagaz.
Mas mais uma vez tentarei sugar essa derrota de si, tudo de forma amigável. Por favor, diga-me em que é que esse “anti-patriotismo” a que acusas a corajosa jovem, se insere? Será essa uma simples rotulação, sem bases nem argumento que é caracteristica nobre de derrotados?
Isso faz-se lembrar um periodo muito triste da nossa história, em que certos individuos eram entitulados de “reaccionários” de forma aleatória e extra-judicial.
Dentro da minha definição de “patriotismo” acima, procure lacunas para inserir esta jovem em questão – se não conseguires pare de rotular as pessoas, pois todos nós temos o mesmo poder, ou direito constitucional (isto é podemos rotular-te, ou a qualquer outra individualidade nacional – entendes!!!). Depois desse exercicio (arduo de certeza) tente definir o “anti-patriotismo” dos jovens apáticos da OJM.
Em muitos dos seus comentários políticos, no seu blog, é caracteristica sua mencionar os camaradas do ANC Youth League (“ANCYL”), em comparação a OJM. Hehehehehehehe. Mas o ANCYL é muito diferente da OJM, eles apezar de estarem partidarizados sem até certo ponto independentes, não são lambebotasm nem apáticos. O ANCYL faz comentários sobre os diversos desenvolvimentos politicos, sociais e económicos que afectam a África do Sul. Eles criticam, sem medo, as estruturas partidarias sempre que estes desviam-se dos objectivos primeiros para a juventude e para a nação em geral, mas isto tudo dentro da disciplina partidaria do ANC. A OJM esconde-se sempre atras do ineficiente Ministerio da Juventude, e mente que as poucas acções destes são suas. Isso é o que nós jovens desta nação vemos, e falamos em conversa de bar, jantar e diversas curtes. A OJM precisa de uma transfusão sanguínea, que oxalá, para o bem da Nação, o PJM vá doar.
Caro Viriato, eu acho que estas a responder sem ler os meus posts. Assim isso fica mais um monologo do que dialogo
Eu disse que Mandela disse “I’ll fight against white domination and I’ll fight against black domination”. Viriato, o oprimido não vê a cor do oppressor.
Mandela diz que a opressão do negro ou compatriot não é nada diferente da opressão levada a cabo pelo estrangeiro ou pelo colono.
Tu das o exemplo de um pai bebado, mas esse nã o é o nosso casso. O nosso é um pai abusivo. Será que também irias manter o lixo debaixo do tapete se se o seu pai fosse abusivo fisicamente contra si, sexualmente contra a sua irmã, e emocionalmente contra o seu caçulo? Como é que irias negociar internamente contra um parente abusivo. O nosso em Moçambique, é abusivo contra os direitos da juventude, contra os direitos humanos, contra os nossos direitos económicos e civicos.
Se o meu pai fosse bebado, eu o encaminharia aos alcolatras anónimos. Mas se o meu pai fosse abusivo, eu envolviria os nossos padrinhos, os nossos familiares e a comunidade (numa visão rural). Nós em África somos assim. A comunidade é a nossa familia. Eu iria em busca de ajuda dentro e fora.
(continua)
Continuacao
Viriato, tu, se calhar ficavas la dentro, abusado para toda vida (“in the closet”), ou unias-te ao opressor e ajudavas-lhe a abusar os seus.
Basilio, fico a espera do seu espirito de debte, não moderação e rotulação.
E dê aquele abraço apático aos jovens da viragem da “OJM”, de um irmão ainda apartidário. Todos sabemos rotular.
Sempre amigos, certo?
Reflectindo, obrigado pela oportunidade e imensas desculpas pelo tamanho do argumento.
Na sua posicao de moderador, pedir que (em relacao a alguns comentadores) mantemos o debate mais civil. Nao somos inimigos, nao precisamos de ameacas. Temos um objectivo comum, o desenvolvimento de Mocambique
Laude Guiry
O Laude fica INTIMADO a aparecer mais vezes na blogosfera, precisamos de vozes coerentes no debate sério.
Abraço patriótico!
ehehehe José,
os que não são da tua linha ideológica não são intimados a aparecerem?
Ja sugeri ao Reflectindo para alterar o título. O Obama não se reuniu com jovens lideres africanos, mas sim com funcionários do governo americano.
Todos eles trabalham em organizações que recebem apoio financeiro directo do governo americano, através da embaixada ou USAID
Nuno Amorim
Passe,
Deste alguma contribuicão neste debate?
Nuno Amorim, Jesus Cristo disse lance a primeira pedra quem nunca pecou
Nós não temos provas que esses mensageiros da juventude Moçambicana “trabalham em organizações que recebem apoio financeiro directo do governo americano, através da embaixada ou USAID”. Mas o que temos provas, até publicadas em todos jornais da media nacional, é que aqueles que não foram (“OJM”) são patrocinados pelo Governo Americano indirectamente, através de multiplos desvios do orçamento do Estado, pela cupula dos Aeroportos de Moçambique e muitos mais que ainda não viram a tona e pelo Mohamed Bashir Satar.
Entre ser representado por jovens que dizem a verdade e são financiados legalmente, e ser representado por representantes apáticos do MBS, prefiro a primeira.
Já agora, tu tens que esperar que o MBS dê um evento no Maputo Shopping Center para poder participar de um evento com o seu patrocinador senior. Estes são sim, lideres Moçambicanos – não auto-nomeados, mas nomeados por cidadão nacionais.
Caros amigos Reflectindo e Laude Guiry
Volto ao debate para discutir algumas das vossas interpelações ao meu anterior comentário. Primeiro, eu não disse, como Laude parece presumir, que os Norte-Americanos prestam apoio ao orçamento dos paíse Latino_americanos. O que eu disse foi que os Americanos ajudam as economias daqueles paíse com valores bastante superiores àqueles que destinam para África. A economia da América Latina dificilmente se poderia manter sem ajuda dos USA. Independentemente dessa ajuda ir através do Banco Inter-Americano, dos Bancos Comerciais ou outras formas. A tese aqui é que essa ajuda não torna os Latino-Americanos em apresentadores de queixas políticas sempre que se encontram com os vizinhos do Norte.
Um de vocês, que já não me lembro, referiu que essa jovem (Quitéria) não queixou, mas sim partilhou. Acho estranha essa partilha durante a qual uns apresentam os seus paíse como governados pelo equivalente a pais que abusam sexualmente as suas filhas enquanto outros só apresentam maravilhas das suas pátrias. Aposto que os jovens americanos não andam a falar, nesses encontros, da elevada taxa de delinquência que é ainda prevalecente entre os negros e os hispanos. Falaram da grandeza do seu país.
Eu pensei que as queixas da jovem fossem mais leves. Eu comparei-as àquelas que se podem (ou não) fazer contra um pai bébado ou incapaz de proporcinar uma vida de pleno bem-estar. Laude diz que as queixas da jovem são equivalentes àquelas que ele próprio faria contra um pai que abusa sexualmente das suas filhas. Estamos aqui a falar de psicopatas e abnormalidades. Está Laude Guiry a sugerir que este país é governado por psicopatas e por abnormais?
O amigo Reflectindo apresenta uma citação de um líder Latino-Americano Oscar Arias, presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz (1987, que uma vez teria dito): “ os países caribenhos e latinoamericanos “só pedem coisas ou reclamam coisas” cada vez que se reúnem com o presidente dos EUA."> Os americanos pedem coisas (querem que nós entremos na AFRICON), os Latino-Americanos pedem outras, assim como nós o fazemos. Ninguém pode afirmar que não pede nada a ninguém. Do meu ponto de vista pedir ou reclamar coisas é menos indigno que ir a Washington, Lisboa ou Paris para, sempre, falar mal do país que nos viu nascer. Falar mal da Mãe Pátria perante estrangeiros.
Francamente,digam-me caros amigos, o que vocês costumam achar de um homem que, sempre que se encontra convosco só apresenta queixas do seu pai, da sua mulher, dos seus irmãos e dos seus filhos. O que vocês costumam achar de alguém que costuma ver todos os defeitos nos outros e nenhum nele próprio.
Eu posso vos adiantar que não costumo respeitar muito esse tipo de pessoas. Pode dar-se o caso, também, de os europeus e americanos, não respeitarem e não CONFIAREM alguém que não vê nada de bom na terra onde nasceu.
Viriato Tembe
Caro Viriato
Comecamos a xegar a um consenso. Concordo com o seu ponto, que nao se deve fazer reclamacoes a norma. Mas tambem tens que admitir que nao devemos viver de faz de conta. Todos nos quando fora de Mocambique somos embaixadores do pais. Devemos esforcar-nos para fazer publicidade onde possivel, mas nao ludibriar as pessoas. Tudo dentro do seu contexto.
Eu por exemplo, faco sempre publicidade das nossas diversas praias, da bondade em geral do povo Mocambicano, da nossa hospitalidade, discotecas, etc, etc ... temos muito de bom.
Mas quando me perguntam, democracia? digo eh precaria. Associativismo juvenil: digo eh apatico. Crime: Digo a maioria do povo eh bom, existem algumas pessoas mal intencionadas, mas isoladas, o foco de crime organizado eh enorme e o crime violento esta aumentando, mas ainda eh minimo comparado com indices mundiais. Policia: Eh eficiente, na medida do possivel, e dentro do orcamento existente; mas os transitos sao super corruptos, mas super mesmo. Corrupcao: Hehehehehehehe, damos aulas, os nossos politicos sao professores catedraticos em corrupcao, nao existem ladroes identicos aos nossos politicos. Servicos publicos: Estamos no bom caminho, mas poderia ser melhor.
Tas a ver Viriato, eu sou realista. Mas tudo fala-se dentro de um contexto.
Lembro-me que um amigo, branco, sul-africano veio a Mocambique - depois de eu ter feito uma publicidade a 5 estrelas do Pais, so para policias de transito o causarem confusao, e pedirem suborno, sem crime cometido.
Portanto, acho errado mentir ou omitir, quando o topico eh centrado numa certa materia que pinta o pais com corres horriveis.
Agora, tu nao podes tar a afirmar aos quatro ventos que a Quiteria so mencionou os aspectos negativos do Pais - ela nao mentiu, repito. Ela disse a verdade e a media centrou-se nisso. Se a opiniao dela e de muitos Mocambicanos eh que o Governo nao atingiu o seu potencial maximo, em termos de promessas, etc, etc, ela tem que expressar tal. Se calhar no seu discurso completo ela mencionou as nossas lindas praias e convidou os demais participantes a investir em Mocambique, se calhar ela mencionou o nosso defice alimentar, e educacional (a la Frelimo) e pediu que mais fundos sejam canalizados para a educacao dos nossos irmaos (sei que porque a Frelimo faz isto, tu nao consideras reclamar, mas pedir - como toda gente pede, lol). Ou se calhar nem foi durante o discurso, foi durante as conversas informais que ela publicitou o pais, mas na medida do possivel e das permissoes que a realidade e o Governo do dia oferecem.
Ja leste o discurso dela?
Amigo Viriato Tembe
Hoje ando um pouquinho ocupado, mas eu diria em suma a nossa discussão é se deve-se ou não dizer verdade. Assim Laude Guiry fez uma síntese para rebater.
Para mim, o lambebotismo e yesmanismo não tudo sobre Mocambique e tenho certeza que a Quitéria olha desta forma. Se como oradora ela tinha que falar sobre a juventude moçambicana no sentido crítico perante os decisores, não vejo outra coisa que ela havia de dizer senão a verdade imagem da nossa juventude. ESTA É CONHECIDA a partir dos vários debates e relatórios. Quitária não disse nada que fosse novo.
Será que o amigo Viriato Tembe teria como contornar a verdade, a verdadeira imagem?
Sobre varrer o lixo para debaixo do tapete em nome da HONRA, continuo a dizer que é o afunda a moral da nossa sociedade. Tornamo-nos mentirosos, dissimulamos as coisas ainda bem conhecidas como sendo um cancro. Neste tema estamos a falar sobre alguém que falou nos EUA, mas o problema de dissimulação é mais grave do que pensamos e está prejudicando a moral da nossa sociedade.
Somos família e familiares, amigos, conterrâneos, camaradas ou correligionários, pessoas da mesma etnia, da mesma região, religião, e, tudo isto tem se visto como motivo para não criticarmos fora destes círculos. E qual tem sido a consequência?
Temos mesmo no Reflectindo exemplos concretos. Assuntos que para alguns são tabu debate-lo ou quando debatem é para passar a vista grossa escamotear a verdade ou divertir os outros. Outro exemplo é aquele da Assembleia da República onde pessoas adultas Mentem a vista, na televisão em nome da honra do partido.
O melhor exemplo, é nos dos países que conquistam honestidade e acho que lá é que o caminho.
Pessoalmente, gosto de lidar com gente que me diz a verdade.
Bom fim de semana!
Caro Laude
Ainda bem que começamos a concordar que não devemos fazer da queixa um modo de vida.
Sobre a juventude moçambicana. Não acredito que a única coisa que há a dizer sobre ela seja que é lambebotas e "Yesman". Aqui no blog de Reflectindo encontramos muitos muitos jovens que pensam com as suas cabeças. As pessoas que asseguram a economia deste país, nas zonas rurais, nas cidades, na diáspora, na academia... são jovens mulheres e jovens homens. Muitos deles não fazem do debate político e académico o seu modo de vida. Seria, no entanto, um insulto a Moçambique considerar que esses milhões de jovens são lambebotas ou "Yesman". Estou a dizer, amigo Laude, que eu teria muitas coisas maravilhosas a dizer dos jovens do meu país.
Não li o "discurso" da Quitéria. Li apenas aquilo que a imprensa publicou e que muitos dos meu compatriotas tomaram por manifestação de coragem e de espírito crítico. Eu discordei porque achei que, para promover a sua própria organização e a si própria, ela pintou um quadro reducionista da juventude do meu país. Uma juventude lutadora. Uma juventude ganhadora e uma juventude que não está interessada, como o Parlamento Juvenil, em simplesmente tomar o poder político dos "velhos". Esses jovens que encontramos do Rovuma ao Maputo estão nas machambas, na academia, no mukhero, na diáspora... E não está na antecámera do poder choramingando porque os "velhos" se recusam a entregar o poder. E por causa disso, desatar a queixar ao Obama.
Caro Reflectindo
Por tudo aquilo que eu disse ao Laude, eu me recuso a aceitar que " verdade imagem da nossa juventude" como tu dizes, seja o "lambebotismo e yesmanismo". Essa será, porventura, a imagem de uma minoritária camada de jovens que PARASITA à sombra dos Partidos políticos, esperando que os velhos lhes passem o poder. E choramingando perante Obama quando isso não acontece.
Diferentemente de vocês, eu tenho um profundo orgulho nos jovens do meu país que tive a sorte de conhecer de Negomano à Ponta de Ouro e do Zumbo ao Índico.
Obrigado aos dois e ao Basílio por esta discussão fraternal.
Viriato Tembe
Caro Laude
Ainda bem que começamos a concordar que não devemos fazer da queixa um modo de vida.
Sobre a juventude moçambicana. Não acredito que a única coisa que há a dizer sobre ela seja que é lambebotas e "Yesman". Aqui no blog de Reflectindo encontramos muitos muitos jovens que pensam com as suas cabeças. As pessoas que asseguram a economia deste país, nas zonas rurais, nas cidades, na diáspora, na academia... são jovens mulheres e jovens homens. Muitos deles não fazem do debate político e académico o seu modo de vida. Seria, no entanto, um insulto a Moçambique considerar que esses milhões de jovens são lambebotas ou "Yesman". Estou a dizer, amigo Laude, que eu teria muitas coisas maravilhosas a dizer dos jovens do meu país.
Não li o "discurso" da Quitéria. Li apenas aquilo que a imprensa publicou e que muitos dos meu compatriotas tomaram por manifestação de coragem e de espírito crítico. Eu discordei porque achei que, para promover a sua própria organização e a si própria, ela pintou um quadro reducionista da juventude do meu país. Uma juventude lutadora. Uma juventude ganhadora e uma juventude que não está interessada, como o Parlamento Juvenil, em simplesmente tomar o poder político dos "velhos". Esses jovens que encontramos do Rovuma ao Maputo estão nas machambas, na academia, no mukhero, na diáspora... E não está na antecámera do poder choramingando porque os "velhos" se recusam a entregar o poder. E por causa disso, desatar a queixar ao Obama.
Caro Reflectindo
Por tudo aquilo que eu disse ao Laude, eu me recuso a aceitar que " verdade imagem da nossa juventude" como tu dizes, seja o "lambebotismo e yesmanismo". Essa será, porventura, a imagem de uma minoritária camada de jovens que PARASITA à sombra dos Partidos políticos, esperando que os velhos lhes passem o poder. E choramingando perante Obama quando isso não acontece.
Diferentemente de vocês, eu tenho um profundo orgulho nos jovens do meu país que tive a sorte de conhecer de Negomano à Ponta de Ouro e do Zumbo ao Índico.
Obrigado aos dois e ao Basílio por esta discussão fraternal.
Viriato Tembe
Caro Viriato Tembe,
O seu ponto de vista abarca parte do problema.
Vou tentar expor outra vertente, que será crucial.
Neste momento a juventude moçambicana representa -cerca de 57% dos eleitores moçambicanos-18 aos 38 anos.
Claro que há uma percentagem significativa de enfermos, o que dará um potencial eleitoral de +- 47%.
Votaram cerca de 21%, houve maioria da Frelimo em todos os sentidos.
Os abstensionistas eram e são a outra maioria.
Nos Países um pouco mais evoluídos, esta facha etária, decide o resultado eleitoral.
Portanto quase que decididamente a juventude é que elege em Moçambique, acima dos 60% dos votantes no todo.
Dedique algum tempo a estatística, o segredo de qualquer estratégia de desenvolvimento, está aí!
Deve estar a pensar, o que é que o c..,tem a ver com as calças!
Em África, conquiste-se a juventude, pode minimizar a fome, diminuir a miséria, ou PODE SUSTENTAR UMA GUERRA.
Se virem quando a Nadja fez a pergunta, o Mestre Obama-porque a intervenção do PR Obama, era de um Mestre perante alunos numa Universidade-parou, porque foi uma questão ímpar, segundo os comentadores norte-americanos.
É uma pergunta que estaria bem para África, daqui a 10 anos, porque o debelar da crise mundial, põe de lado muitos aspectos políticos.
É como se tivéssemos de aceitar um Acordo Geral de Paz, duma guerra 50 vezes pior que a guerra pela democracia terminada em 1992...acreditem...em 2012, verão com os próprios olhos a crise de desemprego no Planeta.
Por exemplo, os bancos não terem capacidade de devolver o dinheiro aos clientes...
A resposta do Prof.Obama foi à medida, até menciona Gandhi...juventude africana devia estudar a resposta OBAMA+discurso de Accra-para melhorar África, em suma , mais condições para os desfavorecidos..
É um recado, de paz, harmonia, e desenvolvimento sustentado-palavra que não entra no vocabulário da maioria dos dirigentes africanos.
O vocabulário simples-eu tomo conta...
Fungulamasso Sr Viriato Tembe.
Confesso que não entendi a interpelaÇào do anónimo do Fungula Maso. Algué me ajuda a perceber o que ele está a dizer e como se enquadra na nossa discussão?
Viriato Tembe
Caro Viriato Tembe
Parecendo-me que me entendes um pouco mal, talvez seja necessário clarificar uma coisa. Eu disse o seguinte:
"...a juventude moçambicana no sentido crítico perante os decisores, não vejo outra coisa que ela havia de dizer senão a verdade imagem da nossa juventude."
Falo aqui de JUVENTUDE CRÍTICA, essa juventude que sentimos falta dela. Também não significa e nem penso que a Quitéria tenha dito que todos os jovens são lambebotas e yesmen. Todos nós sabemos que muitos jovens e a maioria, trabalhavam arduamente e até são críticos.
Não penso que não estejamos a entender de jovens estamos a falar. Estamos aqui a falar de jovens nos ÓRGÃOS DE DECISÃO.
O meu amigo Viriato Tembe sabe que estamos aqui a falar de jovens como os DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, dos jovens que fazem parte das liderancas da ligas juvenis dos partidos polítícos Frelimo, Renamo, MDM, PDD, etc. Falamos dos jovens nas liderancas esses com a possibilidade de influenciar nas grandes decisões. Até pode ser que não cheguem a 100 jovens, mas esses prejudicam a milhões de jovens.
Os jovens de Nairoto, de Mapai não têm a possibilidade de influenciar directamente qualquer decisão na AR, no Governo, nas lideranças partidárias.
Laude Guiry fez a questão de nos recordar da ANCYL a liga da juventude do ANC a única que sei que não um grupo de yesmen em África.
Mais uma vez, não concordo que se rotule alguém de queixosa/o por apresentar o seu ponto de vista num fórum.
Mais uma vez desejo a todos um bom fim de semana. Espero que continuemos debates saudáveis.
Abraco
Assim mesmo.
Meus caros
O twitterismo e o Facebookismo envenenaram ... So consigo ler atentamente os primeiros 140 caracteres de cada comentario. Tambem quem nao consegue transmirir a mensagem fundamental em 140 caracteres tem uma grande capacidade d sealongar.
Admiro a capacidade de trazer a OJM para o debate ... Alias se nao trouxessem a OJM que outra organizacao trariam ?
Convido-os a relerem varias vezes o speech desta jovem nos EUA. Ela viola varios principios constitucionais ao colocar em causa varios objectivos do Estado Mocambicano, usa da sua liberdade de expressao e extrapola-a colocando em causa um outro preceito constuitucional que e'o fortalecimento da cooperacao com paises estrangeiros. Nao defende, em nenhum momento a soberania e muito menos defende os interesses do Estado alem fronteiras. A nossa liberdade consagrada constitucionalmente nao deve extrapolar os interesses e objectivos do Estado e da Nacao.
Quando fiquei a saber que se tratava de funcionarios de asociacoes juvenis patrocinadas pelos EUA fiquei mais esclarecido,afinal nao sao liderancas juvenis tal como eu tinha concebido, legitimadas localmente.
Caro Basílio
Só me desiludes nos teus comentários. De debate nada fazes. Qual é o artigo da Constituição da República de Moçambique que a Quitéria viola? Já leste bem a CRM?
Eu te pedi para dizeres em que entendes sobre o que é patriotismo e anti-patriotismo contra-argumentando ao que Laude Guiry trouxe como definição. Não consegues nos trazer ao invés de escreveres palavras vazias?
Sabes, Basílio a quem se trata de traidor da pátria na China, na Correia do Sul, no Japão, apenas para citar alguns países? Sabes quem se suicida naqueles países por se sentir traidor da pátria?
Preferindo parar aqui, vou te dizer que na OJM, organização em que fazes parte é o cúmulo dos LAMBEBOTAS. Ainda não te apercebeste que alguns dos que sofreram pela libertação desta pátria se sentem traidos por vossa liderança juvenil?
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