Pelo menos três troços, nomeadamente Maputo/Maxixe, Beira/Machipanda e Vanduzi/Changara passarão à gestão privada, com vista a garantir a sua manutenção permanente e propiciando, deste modo, melhores condições de circulação e segurança rodoviária.
As estradas foram reabilitadas pelo Estado e, já há um concurso público lançado, recentemente, pela Administração Nacional de Estradas e o Fundo de Estradas para a concessão das vias.
Fonte: Savana - 20.08.2010 in Diário de um sociólogo
Reflectindo: 1) Com certeza as estradas ou muitas delas reclamam uma manutenção permanente, mas surge aqui uma questão que não estou a compreender. Se compreendo bem, estas três estradas foram reabilitadas pelo Estado e isso sem falarmos de terem sido construídas pelo Estado. Por que razão não ser o mesmo Estado a colocar as portagens para cobrar aos utentes? O que é que o privado investirá nelas para começar a explorar? Será que há falta de espaço para que os privados construam estradas novas? Na verdade, quem são os que serão concedidos para explorarem as estradas? E se eu suspeitar que são os donos de tudo em Mocambique, na prática, alguém me contrariará quando houver o apuramento do "concurso público"? Oxalá!
2) Sou a favor do sector privado, mas nunca por exemplo de uma clínica privada dentro dum hospital público. Um privado ou quem queira assim ser, investe com o seu suor e dessa forma valoriza a sua propriedade...
5 comentários:
Por um lado é bom; por outro é uma lástima. Vamos lá ver até que ponto vai ajudar a desenvolver o país em geral e a melhoria das estradas em particular!
Zicomo
Concessão da construção de novas estradas, sim. Portagens, em estradas velhas, não.
Vamos concordar, sim, que por falta de capacidade da Administração Nacional de Estradas (ANE) e do governo na gestão e manutenção de estradas, a solução passa pela concessão da estrada nacional à uma gestão privada, mas não com direito a cobrança de portagens... (...)
Haja concessão a construção de uma via alternativa, adaptada ao século XXI, capaz de levar-nos com segurança, do Rovuma à Maputo e do Zumbo ao indico, que ai sim, justificar-se-á a introdução do sistema do utilizador – pagador (portagens) e não fazer da estrada do povo uma estrada privada.
In " http://mozvoz.blogspot.com/2010/08/concessao-da-construcao-de-novas.html"
Sem omolete, não se faz ovos.
Repito, por um lado é bom; por outro nem por isso. Pessoalmente sou a favor da concessão desde que haja um estudo sério nesse sentido. Muita das vezes o remédio pode ser pior que a doença.
Zicomo
Acho que muitos mocambicanos concordariam ou concordam com concessão para construcão de novas estradas, exactamente que respondam à exigência actual, isto por um lado.
Por outro, em Mocambique há muita escassez de estradas e para chegar a um destino, é preciso contornar.
Mas concessão para explorar o que já foi construído e reabilitado??? Aí dá para ver quem vai vencer esse concurso dito público.
Ja e mui bom termos os gestors privados pra por o fim de problemas de estradas no pais.
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