Em Maputo, fala-se em "apertar o cinto"
As famílias moçambicanas fazem contas depois da entrada na quarta-feira, 17, do preço do gás de cozinha.
Muitas dizem que já viviam o drama do custo de vida, que agora virou pior.
Ana Machaieie tem 49 e é dona de casa.
Na cozinha, depende do gás doméstico para preparar todas as refeições para a família de quatro membros.
Mensalmente precisa de duas botijas de 11 e nove quilos de gás doméstico.
Até ao início da semana gastava 1343 meticais (cerca de 21 dólares), mas desde ontem passa a pagar 1550 (25 dólares).
Ela concluiu que, com as outras necessidades da casa, a situação vai complicar.
Perante esta situação, diz que o caminho será mesmo apertar ainda mais o cinto.
Num dos postos de venda do gás doméstico encontramos Ester Machocho.
Acabou o seu stock caseiro, justamente no dia em que entrava em vigor a nova tabela.
Das contas inevitáveis que é agora forçada a fazer, a conclusão é a mesma.
Da nova tabela de preços que entraram em vigor esta semana, a gasolina e o gasóleo tiveram um pequeno bónus de reducção.
Ainda assim, o sentimento geral é de que o Governo tirou com uma mão o que deu com a outra.
Fonte: Voz da América – 19.05.2017
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