Maputo, 26 jun (Lusa) - Seis dos 45 estudantes moçambicanos no Sudão serão
repatriados quarta-feira para Maputo pelo governo de Cartum, após um diferendo
com a universidade que frequentavam.
Um estudante
moçambicano expulso da Universidade Internacional de África no Sudão disse à
Lusa que as autoridades sudanesas atribuíram vistos de saída do país.
Em abril, 30 dos
45 moçambicanos que estudam na Universidade Internacional de África no Sudão
denunciaram à Lusa as "precárias condições" de vida naquele país
africano, responsabilizando "algumas organizações islâmicas"
moçambicanas de os terem enviado a Cartum, mas com "objetivos
obscuros".
Parte dos
estudantes, que saíram de várias províncias de Moçambique para o Sudão, não
concordaram com o modelo de contrato firmado com a direção da Universidade, a
qual acusam de não estar a honrar o compromisso de atribuição de bolsas de
estudo completas.
Durante as
negociações que se seguiram às queixas dos estudantes, a Universidade obrigou
24 estudantes a redigirem uma carta negando tudo o que o grupo denunciou à
imprensa sobre as precárias condições de vida, mas seis estudantes recusaram a
exigência e receberam ordem de expulsão da instituição.
Em declarações
hoje à Lusa, o grupo disse ter recebido garantias das autoridades sudanesas de
que vão pagar a passagem aérea de volta para a capital moçambicana, Maputo, mas
todos os seis estudantes são oriundos das províncias da Zambézia e Nampula.
"Nós não
sabemos como vamos sair de Maputo", por falta de dinheiro, pelo que
"estamos numa situação em que as nossas famílias (pobres) só confiam em
nós, por alegadamente sermos os que, financeiramente, estão em melhores
condições que os restantes membros", afirmou um dos estudantes.
Fonte: Lusa – 26.06.2012
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