O Presidente da Frelimo, Armando Guebuza, disse não constitui surpresa que a história da Frelimo esteja a ser atacada, vilipendiada e distorcida porque os que fazem isso, têm consciência do papel que ela joga na consolidação da auto-estima sentido de moçambicanidade e comunhão de destino.
Falando num simpósio organizado no âmbito das comemorações dos 50 anos de Frelimo, Guebuza disse que negar a história e’ negar a nossa árvore genealógica como cidadãos, o que seria comparável a decepar parte de nós mesmos para agradar os nossos detractores, ferindo os princípios que norteiam uma comunidade.
No simpósio de dois dias, estão ser apresentados temas versando a Fundação da Frelimo e a realização do I Congresso, abertura das frentes de combate e o desenvolvimento da Luta de Libertação Nacional, a Frente Clandestina, Frelimo e a Emancipação da Mulher, Frelimo e a Juventude e Frelimo e a Construção do Estado.
“O nosso destino como uma comunidade imaginada começou com a ser traçado pelo Presidente Eduardo Mondlane que encetou uma incursão pelo nosso passado para descobrir as razões porque os heróis da resistência não lograram impor a sua vontade de se manterem livres da dominação estrangeira”, disse Guebuza.
Para Mondlane a única fórmula era a Unidade Nacional concretizada através da criação da Frelimo que ele próprio apelidou de “Nação em miniatura”, explicou Guebuza, destacando que foi assim que nasceu a unidade geopolítica, o Estado – Nação onde milhões de moçambicanos constroem a moçambicanidade.
“Um povo que quer realizar os seus sonhos tem que conhecer os protagonistas da sua História, o seu passado para melhor traçar o seu futuro. Um povo que convive com seus heróis os protagonistas do processo de construção do seu Estado desde os primórdios e um povo com muita sorte”, destacou o Presidente Guebuza.
Outros povos, segundo o Chefe do Estado moçambicano, não têm a oportunidade de ouvir, em primeira-mão os testemunhos dos protagonistas da sua História e são obrigados a recorrer a alternativas para tentar buscar a suas raízes por que sabem que um povo sem História e’ um povo sem memória.
“Se tivermos consciência os sacrifícios consentidos pela liberdade, defesa da soberania e resgate da paz saberemos valorizar ainda mais as nossas conquistas e a cultura de paz, reconhecer o valor da nossas riquezas e preservá-las para que possam servir a nossa agenda de desenvolvimento e as gerações vindouras”, explicou Guebuza.
Para Guebuza, celebrar o meio século da Frelimo e’ recordar todos aqueles que desde a primeira hora tiveram fé no fim vitorioso da causa da independência e por ela consentiram indescritíveis sacrifícios e outros ainda que hoje estão engajados nas diferentes frentes de luta contra a pobreza em todas as áreas de produção.
Os temas sobre “Fundação da Frelimo, realização do I Congresso e Abertura das Frentes de Combate”, teve como oradores figuras destacadas da Luta de Libertação Nacional entre os quais Joaquim Chissano, Marcelino dos Santos, Alberto Chipande, Feliciano Gundana, Pascoal Mucumbi, Lopes Tembe, Raimundo Pachinuapa, Mariano Matsinha, Eduardo Nihia, Mateus Kida, José Moyane, João Munguambe, Inácio Nunes e José Covane.
Fonte: Rádio Mocambique - 15.06.2012
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