Milhares de apoiantes de Laurent Gbagbo, que se recusa a abandonar a presidência da Costa do Marfim, participaram num comício na principal cidade, Abidjan.
Os manifestantes protestaram contra o líder do Burkina Faso, Blaise Compaoré, que está a tentar mediar a crise.
O oponente de Gbagbo, Alassane Ouattara, é internacionalmente reconhecido como vencedor das eleições de Novembro.
O presidente Compaoré integra um painel de cinco chefes de Estadoafricanos para encontrar um desbloqueio para o impasse.
Advertências
Na sexta-feira o embaixador norte-americano na Costa do Marfim advertiu que a paciência da comunidade internacional se estava a esgotar.
"A janela para que Gbagbo parta de forma honrada e pacífica, com uma amnistia, está a fechar", disse Philip Carter.
Carter admitiu que não pode prever o fim da crise mas destacou que Gbagbo já não tinha meios para pagar às Forças Armadas marfinenses e que estas se distanciariam do seu regime.
Segundo Carter, Gbagbo limita-se a "roubar" empresas através da extorsão para pagar os salários dos militares.
"Gbagbo existe por uma única razão: tem o apoio das Forças Armadas. É tudo. O que farão (os militares) se não receberem os salários? Vão manter-se fiéis?", perguntou o embaixador.
Fonte: BBC para África - 05.02.2011
Reflectindo: então pensa-se em uma estratégia em que os primeiros a disparar serão os próprios militares de Laurent Gbagbo?! Mas isso pode levar tempo, pois que pode ser que seus aliados externos lhe apoiem com soldados ou dinheiro do petróleo.
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