A governadora de Manica, Ana Comoana, anunciou semana passada, no distrito de Gondola, que os professores que não se identificarem com a filosofia do trabalho serão expulsos da educação.
Ana Comoana fez este pronunciamento aquando da visita àquele distrito, com o objectivo de acompanhar de perto os danos causados pelas chuvas.
O facto é que, do informe apresentado à governante de Manica, constam queixas sobre alguns professores que alegadamente abandonam os seus postos de trabalho, sobretudo às sexta-feira. Os referidos professores, segundo o director provincial de Educação de Manica, Estêvão Rupela, dão aulas apenas três dias por semana, o que agrava o já crónico problema da fraca qualidade de ensino e aprendizagem.
Para Ana Comoane, não há outra alternativa para este grupo de professores senão a rescisão dos seus contratos. (Pedro Cumando)
Fonte: O País online - 23.02.2011
Reflectindo: o que de facto revela este discurso? Não será uma autêntica crise de governacão ou direccão e não o problema dos professores em si se atendermos toda a cadeia de chefes e chefias até à governadora provincial? Não entendo de como é que um caso como este que pode ser tratado por direccão duma escola deve ser tratado pela governadora através duma queixa do director provincial. Ou quer-se dizer que o problema é do governo provincial?
2 comentários:
Boas perguntas que fazes, amigo Reflectindo.
Filipe Paunde chegou mesmo a expulsar, pessoalmente, professores na UP-Nampula. Se não expulsou, pelo menos influenciou. Análise acertada. Há crise de governação no reinado de Guebuza.
Zicomo
Coisa essa que ninguém pode compreender. Como é que um governador vai expulsar ou condenar um professor directamente?
Onde estão as competências de cada escalão? E o processo?
Para já a governadora provincial vai ser capaz de controlar a efectividade dos professores em cada escola?
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