O diálogo é a melhor alternativa para a construção de consensos à volta da agenda nacional, segundo afirmou ontem Edson Macuácua, secretário do Comité Central do partido Frelimo para a Mobilização e Propaganda, a-propósito das conversações havidas recentemente com a Renamo.
Edson Macuácua falava a jornalistas à margem da IV Sessão Ordinária do Comité Nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), que decorre na Matola.
Disse que para a Frelimo, o diálogo é a única via para a resolução de diferendos. É neste quadro que, segundo explicou, o partido encetou o diálogo com uma comissão da Renamo, para compreender as preocupações levantadas pela formação política liderada por Afonso Dhlakama.
Reiterou que o partido no poder sempre esteve aberto ao diálogo com todas as forças políticas e da sociedade civil no país, sublinhando que não se trata de negociações com a principal força da oposição em Moçambique.
Questionado se esse diálogo não era fruto da exigência da Renamo de renegociar o Acordo Geral de Paz, assinado na capital italiana em 1992, Edson Macuácua referiu-se ao carácter inegociável deste instrumento, destacando que qualquer alteração que se pretenda levar a cabo deve respeitar a ordem política do país.
O diálogo decorre em Maputo e segundo o porta-voz da Frelimo não tem nenhum horizonte temporal.
Há já algum tempo, a Renamo, na voz do seu presidente, tem vindo a exigir que o Acordo Geral de Paz seja renegociado, alegadamente porque alguns aspectos nele contidos não estão a ser cumpridos pela Frelimo. A maior força da oposição no país acusa o partido no poder de, entre outras coisas, pretender recuar a democracia para o regime do monopartidarismo...
Fonte: Jornal Notícias - 25.02.2011
Reflectindo: 1) Será que posso receber a versão da Renamo? 2) É com o governo, nem que seja da Frelimo, ou é diálogo com a Frelimo? 3, 4, 5,...???
1 comentário:
Senhor Macuácua, por favor, o poder é sabonete. Nao se esqueça.
Zicomo
Enviar um comentário