Denunciada pelo "Canal de Moçambique"
O Conselho
Superior da Magistratura Judicial expulsou da magistratura Judite Mahoche
Simão, a juíza de Marracuene, em conexão com o caso do áudio em que a
magistrada aparece a conceitar com uma das partes para prejudicar a outra,
atribuindo-se a si mesma qualidades de "mafiosa".
Já havia muitas
outras queixas contra Judite Mahoche Simão no Conselho Superior da Magistratura
Judicial, incluindo o áudio, Acontece que a magistratura tentou abafar o caso,
até que o áudio veio parar à nossa Redacção. O Conselho Superior da
Magistratura Judicial tinha transferido a juíza para o distrito do Búzi, mas
esta recusou-se, o que deixou o órgão com aparente imagem de descrédito.
Sem muita margem de
manobra e perante a crítica sobre o órgão e sobre a Associação (Moçambicana dos
Juízes, o Conselho Superior da Magistratura Judicial decidiu pela "pena
máxima", que é a expulsão.
A deliberação que
expulsa a juíza Judite Simão da magistratura evoca vários artigos do Estatuto
dos Magistrados Judiciais, todos eles concorrendo para incompetência
profissional culposa, violação reiterada de normas de procedimentos e prática
de erros técnicos graves. Por exemplo, um dos artigos que fundamenta a expulsão
é o Artigo 89, que ampara a medida quando o magistrado "revele incapacidade
de adaptação às exigências da função, nomeadamente as de ordem ética,
deontológica e técnico-profissional*. Nas suas alíneas b) e c), o mesmo Artigo
estabelece que há motivo para expulsão no caso em que o magistrado "revele
falta de honestidade, grave, insubordinação, ou tenha conduta imo¬ral ou
desonrosa e revele inaptidão profissional, (Matias Guente)
Fonte: CANALMOZ – 12.04.2017
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