Kampala - O órgão de regulação das telecomunicações no Uganda reconheceu ter pedido as operadoras de telefonia móvel para bloquear a transmissão de mensagens (SMS) susceptíveis de provocar problemas nas eleições presidenciais e legislativas que se realizam hoje (sexta-feira).
No início desta semana, a Comissão ugandesa das comunicações (UCC) ordenou as operadoras de telefonia móvel para " parar" ou "bloquear" toda mensagem contendo um certo número de palavras que poderiam "incitar o público" a criar os problemas, segundo um documento da UCC cujo à AFP teve conhecimento.
O UCC transmitiu a essas mesmas operadoras uma lista de treze palavras suspeitas: Tunísia", Egipto", Moubarak, Ben Ali", ditador", gás lacrimogéneo", "Poder do povo"... etc
A existência dessa lista foi revelada hoje (sexta-feira) por responsáveis da oposição, que distribuiu exemplares à imprensa.
Interrogado pela AFP, o porta-voz da UCC, Mwesigwa Paul, confirmou a existência e o conteúdo do documento."Avisamos (as operadoras) para verificarem todas as mensagens contendo essas palavras", reconheceu Mwesigwa.
O responsável, no entanto, admitiu que a UCC" não tinha capacidade técnica para filtrar essas mensagens", Esperamos que as operadoras privadas o façam".
O candidato da oposição Kizza Besigye, principal adversário do actual presidente Yoweri Museveni (no poder desde 1986), realizou várias vezes nos últimos dias ameaças de uma revolta popular como no Egipto em caso de fraude massivas.
A filtragem de SMS não estava operacional nas primeiras horas da manhã de hoje do escrutínio.
Fonte: Angolapress - 18.02.2011
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