O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) diz ser uma atitude de exclusão o facto de o Presidente da República não ter indicado representantes daquele partido para integrarem os grupos de trabalho do Governo e da Renamo que estão a discutir a pacificação do país, apesar de Filipe Nyusi falar sempre de inclusão.
Há bastante tempo que o MDM vem exigindo o seu envolvimento no actual diálogo político em Moçambique e esperava que um representante deste partido fosse integrado nas equipas que estão a discutir assuntos militares e de descentralização, apoiadas por embaixadores estrangeiros.
No recente encontro entre o Chefe de Estado e o presidente do MDM, Nyusi disse que iria reportar a Daviz Simango tudo aquilo que está a ser discutido no diálogo político.
Para o deputado da Assembleia da República e quadro sénior do segundo maior partido da oposição em Moçambique, Fernando Bismarque, isso é diminuir o Presidente da República.
"Eu penso que é diminuir o Chefe de Estado quando ele afirma que vai reportar tudo o que está a acontecer, em sede de diálogo, ao presidente do MDM. Penso que o Presidente da República, usando os seus poderes constitucionais, devia reservar um lugar ao MDM no diálogo político", destacou .
Bismarque afirmou ainda ser necessário "criar as bases para uma verdadeira reconciliação nacional, porque não se pode falar da paz sem que nos reconciliemos".
Entretanto, na Frelimo, há quem considere bastante pessimistas as posições do MDM, relativamente ao actual diálogo político, que aliás têm sido fortemente defendidas também por outros quadros deste partido.
Refira-se que o MDM dirige quatro municípios importantes, nomeadamente, Beira, Nampula, Quelimane e Guruè.
Fonte: Voz da América – 06.03.2017
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