Na cidade da Beira
Alguns líderes religiosos da capital provincial de Sofala, Beira, estão de costas voltadas com o partido Frelimo, pelo facto de as suas opiniões terem sido rejeitadas nas eleições internas para a escolha do candidato às eleições autárquicas de 20 de Novembro próximo.
Esta situação foi apresentada ao governador da província, Félix Paulo, numa reunião havida entre as partes e que tinha como objectivo auscultar as dificuldades que as confissões religiosas enfrentam no exercício da sua actividade.
Os religiosos dizem que foram consultados na hora da escolha dos pré-candidatos às eleições de Novembro próximo, nos órgãos de base do partido. Entretanto, os nomes por si apresentados são afastados quando se aproximam as fases decisivas da escolha do candidato da Frelimo, alegadamente, por falta de confiança política.
No entender dos líderes religiosos, por sinal membros da Frelimo, não faz sentido mandar os membros escolher pré-candidatos que, depois, quando chega a hora de decidir, os pré-escolhidos são afastados e coloca-se na corrida outras pessoas. Para os religiosos, esse facto pode levar o futuro candidato da Frelimo a sofrer uma derrota humilhante nas eleições, por não ser indivíduo de consenso entre as massas.
“Nós agora queremos saber por que dizem que querem candidato de consenso, se depois eles é que indicam a pessoa que querem. mas não se surpreendam com o resultado”, advertiu o pastor Pedro Dique.
O mesmo pastor acrescentou que esta é a razão principal que faz com que sempre a Frelimo perca na Beira. “Se eu, nas eleições internas, votei numa pessoa que conheço e tenho a plena consciência que pode levar a gestão da minha autarquia a um bom porto e, por uma razão não bem explicada, o partido chumba essa pessoa, o que se pode esperar deste candidato? é claro que não vai contar com a massa que sugeriu um outro aquando das eleições internas”, concluiu o pastor.
Fonte: O País online - 10.07.2013
4 comentários:
Os religiosos também estão partidarizados? Se não, por que ficam desapontados com uma actividade meramente política?
Os religiosos também estão partidarizados? Se não, por que ficam desapontados com uma actividade meramente política?
Boa pergunta essa, Eu daqui. É mesmo estranho que num encontro com governador provincial se trate de eleicões internas da Frelimo.
Ha Pastores que nao sabem qual e a funçao que tem na sociedade. Saopastores do diabo que procuram dinheiro e honras, razao pela qual andam atras da Frelimo que esta no poder. Deus julgara aqueles que que usam o seu Nome para resolverem seus problemas
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