A presidente do Parlamento, Verónica Macamo, garantiu que a Assembleia da República irá reanalisar a legislação eleitoral na sequência do diálogo em curso entre o Governo e a Renamo, que já vai na 10ª ronda negocial, mas sem consenso.
Falando ontem em Quelimane, província da Zambézia, Macamo disse, com efeito, que este partido deve submeter o documento àquele órgão. Macamo explicou que tal abertura para debater e rever a Lei será para o bem da paz e democracia no país.
Segundo esta dirigente, em termos legais não há espaço para rever o documento, pois o mesmo já foi aprovado pelo parlamento, “mas, porque somos pela paz, estamos aberto a reavaliar”, disse.
Macamo falava no quadro da reunião que manteve em Quelimane com quadros a vários a níveis, onde deplorou o comportamento dos ex-guerrilheiros da Renamo, que estão a criar instabilidade política, na sequência dos últimos acontecimentos no troço entre rio Save e Muxúnguè.
Os referidos ataques terão sido levados a cabo por guerrilheiros da Renamo alegadamente como protesto da falta de vontade do Governo de Moçambique para resolver os problemas dos moçambicanos.
Nas negociações em curso, a Renamo pretende que seja revista a Lei Eleitoral, tendo como linha de força a criação de órgãos eleitorais com paridade de membros entre a Frelimo e a Renamo e a criação da figura de director-geral-adjunto do STAE, entre outros pontos.
“É PRECISO SABER PERDER PARA VENCER”
Falando na sua qualidade de chefe da brigada central da Frelimo para a província da Zambézia, Macamo reuniu com quadros da Frelimo em Quelimane para apelar à união, por forma a derrubar o MDM e o seu edil, Manuel de Araújo, do poder.
Macamo disse ainda que a derrota que a Frelimo sofreu, aquando das intercalares, deve servir para o partido erguer as suas forças. Para ela, o partido deve saber reconhecer as derrotas para se reerguer e delinear estratégias para vencer as autárquicas. Porém, para se reaver Quelimane, segundo instou os quadros, é fundamental que os quadros do partido recenseiem-se e apelem aos vizinhos e familiares a fazerem o mesmo.
Fonte: O País online - 10.07.2013
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