DE ACORDO COM DHLAKAMA
Renamo, manifestou ontem o seu optimismo quanto ao diálogo com o Governo e disse acreditar que ambas as partes deverão chegar brevemente a consenso
Dhlakama fez estas declarações na tarde de ontem no povoado de Santungira, distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, no término de um encontro mantido com o bispo anglicano dos Libombos, Dinis Sengulane, e o membro do Mecanismo Africano de Revisão de Pares de Moçambique, Lourenço do Rosário.
Segundo o líder da Renamo, ambos, Sengulane e Do Rosário, desempenham actualmente as funções de facilitadores entre aquela formação política e o governo moçambicano. “Eles são facilitadores. Isso significa que eles têm levado nossas mensagens para o Governo e mensagens do Governo para a Renamo”, afirmou o líder da oposição em Moçambique.
Na ocasião, Dhlakama disse ter explicado aos facilitadores as razões que o levam a impor condições no encontro que deverá manter com o Presidente da República, Armando Guebuza. Dhlakama impõe como condições a retirada de todas as forças de defesa e segurança que se encontram estacionadas em Gorongosa, ou a deslocação do Presidente da República à sede daquele distrito. Este foi o primeiro encontro frontal entre o líder da Renamo e os facilitadores, mas ambas as partes já vinham mantendo contactos via telefónica.
“Eles têm falado sempre com o Presidente da República porque moram em Maputo. Por isso, convidei-os para que viessem para cá”, disse Dhlakama, para mais tarde acrescentar que os facilitadores também levavam consigo uma mensagem verbal do Presidente da República, “demonstrando que quer negociações sérias”.
“Eu disse está bem. Entendi, e que eles deveriam levar a mensagem (ao Presidente da República) de que a Renamo … somos amantes da paz, não temos outra alternativa e a guerra acabou”, disse Dhlakama, para mais uma vez reiterar que rejeita a guerra.
Dinis Sengulane, por seu turno, exortou as partes a fazerem tudo para garantir a paz em Moçambique e também fez uma prece, pedindo a Deus “para transformar os nossos instrumentos da morte e dominação em meios para salvar vidas e promover a dignidade humana”.
Refira-se que o Governo e a Renamo encontram-se envolvidos num diálogo para a discussão de uma agenda que inclui quatro pontos, nomeadamente um novo pacote eleitoral, despartidarização da administração do Estado, matérias relativas à defesa e segurança e questões económicas.
Fonte: O País onlineO País online - 08.07.2013
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