O governo, através do GABINFO (Gabinete de Informação), emitiu esta quarta-feira o habitual comunicado de imprensa dando a conhecer que o governo estava aberto para encontrar-se, esta segunda-feira, com a Renamo no âmbito do diálogo político que vem tendo lugar na cidade de Maputo.
Um misto de sentimento tivemos quando recebemos a nota informativa do GABINFO. Primeiro foi motivo de gargalhada entre os colegas da redacção, mas logo a seguir percebemos que o anúncio de mais uma ronda negocial, desta vez a 11ª, não era motivo para gargalhada. Era sim motivo para ficarmos preocupados.
Preocupados porque fica provado que o dinheiro público continua, à luz do dia, a ser usado para fins fúteis. Fins completamente fúteis. Ficamos também preocupados porque começa a parecer-nos que as partes (o governo e a Renamo) devem ter rubricado um “acordo político secreto” de interesse e satisfação de ambos.
E esse “acordo político secreto” não visa, nem tão pouco, responder as grandes preocupações dos moçambicanos, mas sim, satisfazer interesses não publicamente conhecidos das duas partes. Parece-nos um “acordo politico maquiavélico”, cujo fito único é brincar com os 23 milhões de moçambicanos.
Os chefes das duas delegações, José Pacheco pelo governo e Saimone Macuiana pela Renamo, deviam ter vergonha na cara para, em quatro rondas negociais seguidas, sairem da sala e proferirem publicamente os mesmíssimos argumentos.
Mesmíssimos argumentos não para avançar, mas sim, para mostrar estagnação.
Eles fazem isso, enquanto sabem que doutro lado, espera-se ansiosamente um pronunciamento que dê esperança aos 23 milhões de moçambicanos.
Fazem isso quando sabem que centenas de viaturas de transporte de passageiros e carga não podem circular livremente na ENI, tendo em conta a actual tensão politico/militar. Uma tensão cujo fim está dependente de cedências tidas como estando ao alcance das partes.
Se é que não existe um acordo político secreto, somos de opinião e apelamos para que as partes tenham a coragem e o bom senso de anunciar publicamente o fim do “diálogo político” que, por causa, da sua improdutividade, já foi baptizado como “diálogo de surdos”.
Pensamos nós que a agir deste modo, as duas delegações estariam a abrir espaço para que outros actores acelerem o passo no sentido de encontrar-se uma solução urgente para o actual problema. De facto, os religiosos académicos, organizações cívicas e organizações políticas que não fazem parte do actual diferendo, já publicamente deram mostras que podem funcionar como apaziguadores da actual situação.
Se calhar, neste momento, não avançam a ritmo satisfatório por, nalgum momento, se sentirem reféns do “diálogo de surdos” que corre na cidade de Maputo. Portanto, o diálogo de Maputo, nalgum momento, atrasa o ritmo de andamento ansiado pelos mediadores de um possível encontro entre o Presidente da República e o líder da Renamo.
Pensamos que o grupo de mediadores pode fazer melhor papel caso o grupo de diálogo inter-partdário declare a sua incompetência, anunciando o fim das sessões improdutivas dos seus encontros. Ou então, tal como Dhlakama fez (troca do chefe da delegação), Armando Guebuza deve também deve trocar o chefe da delegação governamental. Se calhar, José Pacheco, pelo seu carácter, não sirva para sentar a uma mesa de diálogo que se quer produtiva e ao beneficio dos moçambicanos
E esse “acordo político secreto” não visa, nem tão pouco, responder as grandes preocupações dos moçambicanos, mas sim, satisfazer interesses não publicamente conhecidos das duas partes. Parece-nos um “acordo politico maquiavélico”, cujo fito único é brincar com os 23 milhões de moçambicanos.
Os chefes das duas delegações, José Pacheco pelo governo e Saimone Macuiana pela Renamo, deviam ter vergonha na cara para, em quatro rondas negociais seguidas, sairem da sala e proferirem publicamente os mesmíssimos argumentos.
Mesmíssimos argumentos não para avançar, mas sim, para mostrar estagnação.
Eles fazem isso, enquanto sabem que doutro lado, espera-se ansiosamente um pronunciamento que dê esperança aos 23 milhões de moçambicanos.
Fazem isso quando sabem que centenas de viaturas de transporte de passageiros e carga não podem circular livremente na ENI, tendo em conta a actual tensão politico/militar. Uma tensão cujo fim está dependente de cedências tidas como estando ao alcance das partes.
Se é que não existe um acordo político secreto, somos de opinião e apelamos para que as partes tenham a coragem e o bom senso de anunciar publicamente o fim do “diálogo político” que, por causa, da sua improdutividade, já foi baptizado como “diálogo de surdos”.
Pensamos nós que a agir deste modo, as duas delegações estariam a abrir espaço para que outros actores acelerem o passo no sentido de encontrar-se uma solução urgente para o actual problema. De facto, os religiosos académicos, organizações cívicas e organizações políticas que não fazem parte do actual diferendo, já publicamente deram mostras que podem funcionar como apaziguadores da actual situação.
Se calhar, neste momento, não avançam a ritmo satisfatório por, nalgum momento, se sentirem reféns do “diálogo de surdos” que corre na cidade de Maputo. Portanto, o diálogo de Maputo, nalgum momento, atrasa o ritmo de andamento ansiado pelos mediadores de um possível encontro entre o Presidente da República e o líder da Renamo.
Pensamos que o grupo de mediadores pode fazer melhor papel caso o grupo de diálogo inter-partdário declare a sua incompetência, anunciando o fim das sessões improdutivas dos seus encontros. Ou então, tal como Dhlakama fez (troca do chefe da delegação), Armando Guebuza deve também deve trocar o chefe da delegação governamental. Se calhar, José Pacheco, pelo seu carácter, não sirva para sentar a uma mesa de diálogo que se quer produtiva e ao beneficio dos moçambicanos
In Savana
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