A Renamo leva ainda à mesa das negociações questões como fraudes eleitorais, partidarização do estado e da polícia, bem como o enriquecimento ilícito.
A comissão de negociações da Renamo criada pelo seu líder, Afonso Dhlakama, exige que a Frelimo e o seu Governo extingam a Força de Intervenção Rápida, por entender que a mesma viola o Acordo Geral de Paz, assinado em 1992, na cidade italiana de Roma.
De acordo com o chefe de Mobilização e Propagada da Renamo a nível da província de Nampula, António Nihorue, a extinção desta força, supostamente partidarizada, é uma das soluções para a manutenção da paz e garantia do futuro da democracia em Moçambique.
Para além deste ponto, Nihorue deu a conhecer que a comissão do seu partido leva ainda à mesa das negociações questões como combate às fraudes eleitorais, partidarização do estado e da polícia, bem como o enriquecimento ilícito. Para o efeito, segundo referiu Nihorue, o seu partido desenhou uma estratégia, na posse da comissão, que define como devem decorrer os processos eleitorais, para que não haja fraudes, bem como sobre os processos de contratação e promoção na Polícia da República de Moçambique.
No entanto, a fonte referiu ainda existirem outros pontos que constam das negociações, cuja divulgação ainda não é oportuna, por serem questões estratégicas do partido de Dhlakama.
Fonte: O País online - 01.03.2011
11 comentários:
E o que ele pretende fazer com a extinção da FIR?
Aqui sigo a pergunta de Muchanga.
Zicomo
Existe algum país do mundo que não tenha uma polícia de intervenção rápida? Mesmo que não tenha este nome, os Estados precisam deste tipo de polícia.
O modus operandi da FIR tem de ser questionado, a FIR (ou outra Força similar) tem de servir os interesses do Estado e do Povo e não os interesses de um Partido.
É necessário rever a actuação da FIR, o critério para a sua intervenção, responsabilidade, equipamento, treino, etc.
Concordo com José. Entidades com iniciativa legislativa, por exemplo, a bancada da Renamo, podem propor uma lei estabelecendo parámetros transparentes de actuação dos organismos de segurança pública, incluindo a FIR.
Agora, quanto ao que a Renamo sugere, ou é ingenuidade, ou é irresponsabilidade, ou é burrice.
Viriato Tembe
Uma coisa é, a Renamo pode ganhar pontos se colher a opinião pública sobre muitos assuntos. Por exemplo, este caso da FIR precisa disso. A Renamo tem que discutir sobre a despartidarizacão do Estado e aí incluem-se as forcas da ordem e seguranca.
Tambem concordo com o Jose,
E mais, deviamos ter um comando de elite, pra defesa do pais, esses casos de pirataria maritima,
Na minha opiniao nao esta em causa a existencia das instituicoes de seguranca, mesmo a SISE deve existir,
O que deve ser revisto, 'e o seu "modus operandi" e po-los a dignificar o estado, a defender o estado, e nao virados internamente contra o Povo ou oposicao,
Se o partido no poder concordar com revisao desse "modus operandi", a credito mesmo que a tensao popular baixa consideravelmente.
Tudo leva a questão-mor!
E a reforma do exército e da polícia pode resolver o problema da partidarização dos órgão de Defesa e Segurança.
A FIR é comandada por elementos do Partido Frelimo, disso ninguém tem dúvidas.Estamos a falar de comando operacional, porque provém elementos do tempo do PArtido Único.A Polícia idem, "antigos dez anos de luta, SNASPS,CIM,etc)!
Já é tempo de civismo e transparência-e já se passaram 18 anos do Acordo de Paz, e vai-se a mesa discutir coisas do século passado!
Não estáo a discutir estratégias de desenvolvimento sócio-cultural-económico da sociedade e do País!
Discute-se problemas ligados a guerra civil de 16 nos.
Há 34 anos o problema ainda é lactente!
Isto deveria ser assunto da sociedade civil e académicos-quem deveria opinar são os Dr Rosário/Castel Branco, Óscar Monteiro, Cabaço, Frank, Lutero-uma agenda "civilizada", em que a política é metida no "saco".
Discutir a pobreza até aos megaprojectos, a reforma educativa, a religião e cultura,os fenómenos da doença e melhor assistencia médica - as necessidades do País!
Em suma ESTRATÉGIAS!
Como se diz, a montanha vai parir um rato, é o meu parco entendimento sobre estas "movimentações"!
Fungulamasso
Concordo Fungulamasso,
A renamo afirma-se "dona" de 50% do pais segundo mazanga, outros 50% sobram pro partido no poder, que esta tentar "conseguir" mais que 50%.
Parece brincadeira, mas ainda nao perceberam que com este andar, os problemas nao se vao resolver, vao avulumar-se,
E vao avulumar-se de tal forma, que quer a frelimo e quer a renamo correm o risco de ambas descobrirem que o pais nao 'e de nenhum deles,
E ai, talvez percebam que o Povo, nao esta a dormir, e esta "civilizadamente" dar-lhes uma opurtunidade de resolver os seus( da frelimo e da renamo) problemas, pra depois juntos resolverem o problema do pais,e do Povo, com a participacao activa da sociedade civil representante do Povo.
Vai ser um erro estrategico enorme de ambos ( pensarem em conjunto que sao os reis e principes do pais ), fizeram isso nas ultimas eleicoes e ainda nao perceberam da asneira cometida,
Se quizerem continuar, deixemo-los, vao aprender pelas consequencias.
Karim,
Estás aí dizendo a verdade.
Fungulamasso,
Tudo isto, penso que devido às convulsões de Setembro último e do Magreb, aliado a outros problemas que muito bem conhecemos, a Frelimo guebuziana decidiu a trabalhar a sua imagem, sem mudar absolutamente nada. Um dos problemas que a própria Frelimo guebuziana reconhece é a ausência de diálogo e que em substituicão estava criando estruturas de modelo Gaddafiano - conselhos consultivos e presidências abertas... Neste momento ela é obrigada a recorrer à estratégia da Frelimo Chissaniana - pode-se falar mesmo que nada se ceda, pelo menos não cedência política. Desta maneira, a comunidade internacional fica convencida que a Frelimo é melhor que qualquer outro partido em Mocambique. Aliás, a mesma imagem foi dada logo após a tomada de posse de Armando Guebuza. Mas se Daviz Simango disse-nos aqui fora que exgiu lá a despartidarizacão do Estado, não há sinal que a Frelimo tenha cedido, antes pelo contrário.
Enviar um comentário