Ao contrário de que alguns afirmam, (ver aqui) Armando Guebuza, como Presidente da República, celebrou (pela primeira vez) em 2006 o Gwaza Muthini. Eis:
Guebuza nas celebrações de Gwaza Muthini PRESENTE, HOJE, EM MARRACUENE
PR “caça” voto nas cerimónias do Gwaza Muthini
Supostamente fazendo jus à teoria de Maquiavel de que os fins justificam os meios, o Presidente da República, Armando Guebuza, vai presenciar hoje, no distrito de Marracuene, Maputo, as cerimónias tradicionais de Gwaza Muthini, evento celebrado todos os anos a dois de Fevereiro, e que marca a revolta do povo moçambicano contra o jugo colonial português, ocorrido em mil oitocentos noventa e cinco.
A participação de Guebuza naquele evento (é a primeira vez como PR) é vista, por alguns renomados analistas políticos da praça, como uma “maneira antecipada de persuadir o eleitorado”, dado que nos anos que se avizinham haverá eleições das assembleias provinciais, autárquicas e legislativas e presidenciais, sendo estas últimas as que vão fechar o ciclo em dois mil e nove. Sendo assim, este consitui o “momento oportuno para o partido pedir o voto”.
Aliás, durante a Quinta Sessão do Comité Central da FRELIMO, realizada a dezoito de Dezembro do ano findo, Armando Guebuza, presidente deste partido, teria dado aos filiados instruções claras sobre o que deviam fazer para se alcançar a vitória no ciclo eleitoral retrocitado.
Todavia, a presença de Guebuza no evento de hoje, além de s tantas que se sucederão, é vista como “estratégica”, pois resume-se, única e exclusivamente, à conquista do eleitorado para que, no momento crucial, dedique o seu voto à FRELIMO.
Na mesma senda, explicam as nossas fontes, está o maior partido da oposição no País: a RENAMO, cujo líder visitou semana pretérita a província de Inhambane para se “inteirar” do quotidiano dos locais, bem como para “fiscalizar” as actividades desenvolvidas pelo novel executivo, desde a tomada de posse no ano passado.
Contudo, devassámos a batalha de Marracuene, ou Gwaza Muthini. Ela deu-se dez anos depois da Conferência de Berlim, a qual determinou a “ocupação” efectiva de África pelas potências colonizadoras. Os portugueses, comandados por Caldas Xavier, envolveram-se numa sangrenta
batalha com os guerreiros de Nwamatibyana.
De recordar que, anualmente, as celebrações do Gwaza Muthini são presididas por anciãos, e estes evocam os espíritos através do “kupahla”, e, para além de altos membros do Governo, têm acorrido ao evento numerosos populares vindos de diversos cantos do País.
1 comentário:
A mentira tem pernas muito curtas!
A demagogia e a manipulação da História não passarão!
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