Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - Na sequência da crise diplomática causada pela presença de uma fragata sul-africana ao largo da costa da Côte d'Ivoire, o Governo da África do Sul justificou o envio do navio de guerra para "eventual assistência aos diplomatas, ao pessoal e a outros cidadãos sul-africanos" neste país da África Ocidental.
"O Governo sul-africano confirma que ordenou a Força Nacional de Defesa da África do Sul a preposicionar o navio de apoio da Marinha da África do Sul, o SAS Drakensberg, no Golfo da Guiné para eventual assistência aos diplomatas, ao pessoal e aos cidadãos sul-africanos na Côte d'Ivoire", disse o porta-voz do Departamento das Relações Internacionais e Cooperação, Clayson Monyela, num comunicado a que a PANA teve acesso quarta-feira na Cidade do Cabo.
"Até agora, o SAS Drakensberg não penetrou nas águas territoriais ivoirienses", precisa o comunicado.
O porta-voz do Departamento das Relações Internacionais e Cooperação afirmou que o SAS Drakensberg estava nas águas internacionais desde que partiu da África do Sul "e apenas penetrou nas águas do Gana para reabastecimento com o conhecimento das autoridades ganenses".
O presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), James Victor Gbeho, acusou a África do Sul de enviar o navio de guerra à Côte d'Ivoire para apoiar o Presidente cessante, Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder depois de ser declarado vencido por Alassane Ouattara nas eleições presidenciais de novembro passado.
Na sequência da polémica causada pela acusação, o embaixador Gbebo disse que a organização subregional composta por 15 membros não estava informada do envio do navio, por isso tinha o direito de tirar as suas próprias conclusões.
A África do Sul é vista como um dos países que apoia Gbagbo em desafio à comunidade internacional que reconheceu Ouattara como o Presidente legítimo da Côte d'Ivoire.
Fonte: Panapress - 17.02.2011
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