A "NISOME", Fundo de Bolsas de Estudos de Nampula, ameaça levar à barra do tribunal, um grupo de pouco mais de uma dezena de estudantes graduados de nível superior, com bolsas de estudo daquela instituição.
No pomo do desentendimento, está o facto de aqueles, depois da formação, se recusarem a trabalhar naquela província, violando de forma grosseira os acordos estabelecidos quando da concessão dos financiamentos para os seus estudos.
A recorrência a instâncias judiciais, só será evitada se os supostos "burladores", se mostrarem disponíveis em devolver o valor referente ao custo total da sua formação superior.
Falando à comunicação social, Jorge Simões, director do projecto, explicou que o assunto já foi encaminhado à comissão das bolsas.
Implantado há cerca de seis anos, o Fundo de Bolsas de Estudos para Nampula, logrou atribuir bolsas a mais de seis centenas de estudantes, entre os de níveis secundário e superior. Segundo dados avançados pelo boletim informativo da Direcção Provincial da Educação e Cultura, pelo menos 243 bolsas foram retiradas em virtude dos beneficiários terem apresentado certificados de habilitações literárias falsos.
Contudo, não é só o problema de recusa dos graduados em trabalhar em regiões definidas pelo projecto preocupa aquela organização, mas também a falta de absorção dos formados no mercado de emprego local.
Tal facto deve-se à complexidade do próprio mercado, que é limitado devido especialmente ao encerramento de maior parte das grandes empresas que operavam na região.
Entretanto, o Instituto Nacional de Educação de Adultos (INEA) gradua hoje, na Beira, um total de 180 alunos do segundo curso do nível básico, segundo confirmou ontem à Reportagem da nossa delegação na capital de Sofala, o director daquela instituição de ensino técnico-profissional, Joaquim Daniel Matinanga. A cerimónia será orientada pelo director nacional da Alfabetização e Educação de Adultos, Ernesto Muianga, que já se encontra naquela cidade em representação do ministro Aires Aly, que acabou integrando a comitiva do Presidente da República que se encontra fora do país que era quem inicialmente deveria dirigir o acto.
Maputo, Sábado, 2 de Dezembro de 2006:: Notícias
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