“Nós vamos agir para contornar o cenário e salvar o povo moçambicano”, Fernando Mbararano, delegado politico provincial daquele partido político
Beira (Canal de Moçambique) - A Renamo em Sofala na voz do seu delegado político provincial, Fernando Mbararano, reiterou esta semana na cidade da Beira, que vai, ainda hoje, em Quelimane, onde acolhe a reunião dos antigos combatentes do ex movimento armado, persuadir o líder daquele partido, Afonso Dhlakama, a não tolerar “as brincadeiras e acções anti-democráticas do partido Frelimo”.
Mbararano, que desaprovava o pacote eleitoral recentemente aprovado pela bancada maioritária da Frelimo na AR, argumentou que o referido pacote eleitoral é anti-democrático e viciado, qualidades que segundo ele vão favorecer fraudes eleitorais”.
Para aquele político, a Renamo não tem que andar de “lamentações em lamentações e muito menos pedir favores”.
“Nós vamos agir para contornar o actual cenário e vamos salvar todo o povo moçambicano”, disse.
O delegado político da Renamo disse ainda que “aceitarmos o tal pacote eleitoral seria o mesmo que um ou uma atleta aceitasse ir a corrida com pernas e braços imobilizados em competição com um adversário livre, em bom estado físico e mental”.
“Não é preciso doutoramento em ciências políticas para entender as pretensões dessas manobras maquiavélicas”, reafirmou.
“A Renamo em Sofala chegou à conclusão de que não deve deixar as coisas tal como estão. A Renamo tem que procurar meios para agir. Daí que vamos persuadir o presidente do partido juntamente com outros os órgãos mais altos que dirige para não darmos mais lugar às brincadeiras provocatórias e anti-democráticas. Vamos também pedir para que não se use boicote às eleições como solução, porque esta medida beneficia o adversário em detrimento do povo moçambicano. Vamos propor para que se mova uma acção legal e democraticamente aceite para travar o actual quadro das coisas”.
Outra repulsa do partido de Afonso Dhlakama na Beira, tem a ver com a revisão da delimitação territorial dos municípios. Mbararano disse tratar-se de uma inconstitucionalidade, alegadamente porque “a lei 2/97 de 18 de Fevereiro é clara no seu artigo 2, número 2, onde diz que os municípios correspondem a circunscrição territorial das cidades e vilas, daí que não tem suporte legal a tentativa que se pretende”.
Para aquela fonte, “a população deve participar activamente para impedir que os direitos dos cidadãos previstos na Constituição da República e nas demais leis moçambicanas sejam violadas por um punhado de indivíduos tendenciosos que pretendem manter-se no poder sacrificando a maioria dos moçambicanos”.
(TL)
Canal de mocambique (2006-12-28)
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