quarta-feira, dezembro 20, 2006

Dividir a Beira é má fé” - presidente do Conselho Municipal

“Estamos cansados de ditaduras. Estas manobras político-administrativas visam legitimar o que pretendem que aconteça num futuro próximo.” – Daviz Simango

Beira (Canal de Moçambique) - O presidente do Município da Beira, Deviz Simango, quando entrevistado pelo «Canal de Moçambique» para se pronunciar sobre o plano, em marcha, que visa dividir a Cidade da Beira e estabelecer novas fronteiras para o território da edilidade, começou por dizer que “qualquer divisão da área do município é má-fé”.

“Esta comunidade está beneficiando da nossa governação e qualquer atitude tem de entrar em convergência com quem está no lugar que somos nós”, acrescentou o jovem e laborioso engenheiro que localmente é admirado até pelos seus adversários que até já dizem que votarão nele nas próximas eleições por tanto apreciarem o trabalho que ele e a sua equipa estão a fazer pela Beira.

O presidente da Beira entende que “a divisão administrativa não se faz através de decretos ministeriais”. E refere: “O Conselho Municipal da Beira tem capacidade demonstrada de administrar convenientemente o território actual, pelo que não concordamos com a medida pretendida”.


“Governo deve evitar conflitos com a população”

“Queremos chamar atenção ao governo para evitar conflitos com a população, desnecessariamente. A população está gozando benefícios da municipalização. Uma mudança do actual quadro pode trazer consequências de que não nos responsabilizamos”, disse o presidente do Município visivelmente preocupado.


Apelo à comunidade internacional


“Apelamos para que a Comunidade Internacional, os doadores contrariem esta pretensão”.

Simango diria depois que sabe de todas estas intenções vagamente e pelos jornais. “Mandar recados através dos jornais sem usar ou informar o CMB não é colaboração governativa”.


“Estamos cansados de ditaduras”

“Estamos cansados de ditaduras. Estas manobras político-administrativas visam legitimar o que pretendem que aconteça num futuro próximo”, conclui em tom de alerta.

(Noé Nhantumbo)


Canal de Mocambique (2006-12-20)

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