Poderá ser lançado dentro em breve o concurso público internacional para as obras de reabilitação da terminal de carga do Porto de Nacala, que foi afectada pelo ciclone `Delfina´.
Para já, segundo apuramos em Nacala, tratando-se de obras de grande engenharia, o lançamento do concurso tem que ser antecedido da elaboração de um projecto, sendo que já foi contratado um engenheiro, que já antes trabalhou na construção de parte da infra-estrutura.
Segundo o director executivo do Porto de Nacala, Agostinho Langa Júnior, neste momento está-se na fase de preparação do projecto, o qual deverá ser submetido ao dono da infra-estrutura (Estado, através da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique - CFM, EP) para efeitos de aprovação.
As obras são avaliadas em cerca de oito milhões de dólares e compreenderão a reabilitação da estrutura civil, sistemas eléctrico e hídrico, incluindo o mecanismo de combate a incêndios.
Entretanto, o Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) está a negociar três grandes projectos com empresas malawianas, cuja concretização permitirá o aumento do volume de carga nos próximos anos. Este ano o CDN espera manusear 900 mil toneladas de carga geral e 45 mil contentores, contra 31 mil do ano passado.
Segundo Langa Júnior, o CDN está em negociações com a ILOVO, uma empresa açucareira que opera no Malawi, para a construção de um armazém de açúcar, tendo em conta que a mesma pretende exportar 150 mil toneladas/ano a partir de 2008.
`Estamos a negociar também com uma empresa de trigo, para a construção de silos aqui no porto, com capacidade para armazenar 50 mil toneladas´, referiu a fonte, indicando tratar-se de um projecto bastante avançado, com contrato já assinado. Os silos vão ainda ser usados por empresários moçambicanos, que neste momento recorrem a armazéns normais, não apropriados para o manuseamento de cereais.
O CDN perspectiva também manusear clínquer para uma fábrica de cimento do Malawi. Neste momento, a empresa importa esta matéria-prima do Zimbabwe, mas os gestores receiam que este país possa ter dificuldades futuramente. `Neste caso não temos necessidade de construir infra-estruturas, porque o clínquer pode ser acondicionado ao ar livre. Esperamos manusear este produto a partir de 2007´, disse.
Refira-se que os investimentos ao longo do `Corredor do Norte´ foram atrasados pelas negociações que decorriam entre o CDN e a Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD), a qual garantira exportar o carvão de Moatize, na província de Tete, a partir do Porto de Nacala.
É que as negociações estavam a ser conduzidas no sentido de a CVRD comprar acções do CDN e investir, quer na reabilitação de infra-estruturas, quer na compra de equipamento para o corredor. Só que, depois de um longo período de diálogo, a empresa brasileira disse, em Junho, ter chegado à conclusão de que era mais oneroso escoar o carvão a partir de Nacala, apontando o Porto da Beira como alternativa.
NOTÍCIAS – 11.12.2006
Para já, segundo apuramos em Nacala, tratando-se de obras de grande engenharia, o lançamento do concurso tem que ser antecedido da elaboração de um projecto, sendo que já foi contratado um engenheiro, que já antes trabalhou na construção de parte da infra-estrutura.
Segundo o director executivo do Porto de Nacala, Agostinho Langa Júnior, neste momento está-se na fase de preparação do projecto, o qual deverá ser submetido ao dono da infra-estrutura (Estado, através da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique - CFM, EP) para efeitos de aprovação.
As obras são avaliadas em cerca de oito milhões de dólares e compreenderão a reabilitação da estrutura civil, sistemas eléctrico e hídrico, incluindo o mecanismo de combate a incêndios.
Entretanto, o Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) está a negociar três grandes projectos com empresas malawianas, cuja concretização permitirá o aumento do volume de carga nos próximos anos. Este ano o CDN espera manusear 900 mil toneladas de carga geral e 45 mil contentores, contra 31 mil do ano passado.
Segundo Langa Júnior, o CDN está em negociações com a ILOVO, uma empresa açucareira que opera no Malawi, para a construção de um armazém de açúcar, tendo em conta que a mesma pretende exportar 150 mil toneladas/ano a partir de 2008.
`Estamos a negociar também com uma empresa de trigo, para a construção de silos aqui no porto, com capacidade para armazenar 50 mil toneladas´, referiu a fonte, indicando tratar-se de um projecto bastante avançado, com contrato já assinado. Os silos vão ainda ser usados por empresários moçambicanos, que neste momento recorrem a armazéns normais, não apropriados para o manuseamento de cereais.
O CDN perspectiva também manusear clínquer para uma fábrica de cimento do Malawi. Neste momento, a empresa importa esta matéria-prima do Zimbabwe, mas os gestores receiam que este país possa ter dificuldades futuramente. `Neste caso não temos necessidade de construir infra-estruturas, porque o clínquer pode ser acondicionado ao ar livre. Esperamos manusear este produto a partir de 2007´, disse.
Refira-se que os investimentos ao longo do `Corredor do Norte´ foram atrasados pelas negociações que decorriam entre o CDN e a Companhia do Vale do Rio Doce (CVRD), a qual garantira exportar o carvão de Moatize, na província de Tete, a partir do Porto de Nacala.
É que as negociações estavam a ser conduzidas no sentido de a CVRD comprar acções do CDN e investir, quer na reabilitação de infra-estruturas, quer na compra de equipamento para o corredor. Só que, depois de um longo período de diálogo, a empresa brasileira disse, em Junho, ter chegado à conclusão de que era mais oneroso escoar o carvão a partir de Nacala, apontando o Porto da Beira como alternativa.
NOTÍCIAS – 11.12.2006
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