Concordando ou discordando das diversas opiniões correntes aqui na capital do norte em relação ao processo de governação do nosso país, somos unânimes em dizer que será sempre com orgulho que apoiaremos as ideias ou quem luta pela nossa pátria amada, quem "socorrendo-se" na ciência política acha ou defenda que tem que haver coerência na crítica disto ou daquilo e nos propósitos porque o contrário corre-se o risco de estimular uma visão pessimista da nossa governação, que se pretende participativa e virada para o combate à pobreza absoluta.
É verdade que os pontos de vista dos cidadãos podem ser distintos, tanto mais num país democrático como o nosso, e é neste contexto que há quem se interrogue se a "politização" da nossa governação pode ou não contribuir para o sucesso do combate à pobreza. É que, na realidade, o combate a este mal e outros faz-se com pouco paleio político.
Como por exemplo, é de domínio público que o actual governo já definiu o distrito como pólo de desenvolvimento, uma iniciativa que reúne consenso elogioso em função do que temos ouvido e não nos parece que se alcançará esse importante objectivo ou desafio enquanto um ministro, governador provincial ou administrador distrital, no acompanhamento desse processo no terreno, forem a priorizar a agenda política.
Se bem que não se está contra que os nossos dirigentes cumpram essa agenda, mas o que se constata no terreno é que ela tem sido em parte uma das causas que faz com que alguns dos problemas que os distritos, postos administrativos e localidades enfrentam, não sejam abordados com profundidade pelo ministro, governador, administrador e outros responsáveis quando visitam.
É que não parece que precisamos de perder muito tempo em reuniões ou longos comícios populares a dizermos viva este ou aquele "fulano" para realizar projectos e obras que se consideram essenciais para aprofundar cada vez mais os níveis de desenvolvimento e progresso que desejamos prosseguir em Moçambique. O tempo é de acções concretas, compatriotas!
Na realidade, a história do desenvolvimento do nosso país deve ser construída sobre alicerces de vontade, tenacidade e querer de todos. E é este espírito que explicará no futuro as razões que permitirão ao povo moçambicano vencer um grande mal, como é a pobreza absoluta, sem amputações de ânimos políticos, nem frustrações sociais e arrogância e incompetência.
Explicará que as reformas estruturais bem preparadas e implementadas pelas autoridades governamentais só ganham com as suas "raízes" e nas mais variadas vertentes da sociedade.
Sabe-se, porém, que não é muito fácil fazer tanto em pouco tempo, em termos de "dissociação" entre a política e a governação, com a consciência de que, efectivamente, somos um país de dificuldades, sobretudo económicas, mas que continua a lutar pelo seu desenvolvimento.
É por isso que os moçambicanos têm hoje razões para se sentirem felizes que ontem, com o desencadeamento do combate contra a pobreza, corrupção e outros problemas, com a entrada em funções do executivo encabeçado pelo presidente Armando Guebuza, mas não parece que gostariam que a má "leitura" política que possa haver do lado dos nossos governantes lhes fizesse claudicar durante o longo percurso, que ainda temos por percorrer para vencermos essa árdua luta.
Não gostariam que a aparente "politização" da governação do país não permitisse que um director provincial ou distrital das Obras Públicas e Habitação ou de outro sector de actividade acabasse por uma vez por todas os empreiteiros desonestos que continuam a burlar o estado em milhares de contos em quase todo o país, na construção ou reabilitação de infra-estruturas sociais que são adjudicados.
Todavia, não gostaríamos que um líder tradicional do distrito de Mogincual ou Mogovolas, considerados maiores produtores da castanha de caju na província nortenha de Nampula não estivesse interessado em combater as queimadas descontroladas que anualmente "devoram" milhares de cajueiros junto das suas comunidades por causa da aparente "politização" da nossa governação.
Contudo, esperamos que a boa leitura política dos nossos governantes contribua decisivamente na implementação de projectos de desenvolvimento de Moçambique, analisando com alguma profundidade e com mente aberta os problemas do país.
Mouzinho de Albuquerque
(Notícias 2006-11-30)
É verdade que os pontos de vista dos cidadãos podem ser distintos, tanto mais num país democrático como o nosso, e é neste contexto que há quem se interrogue se a "politização" da nossa governação pode ou não contribuir para o sucesso do combate à pobreza. É que, na realidade, o combate a este mal e outros faz-se com pouco paleio político.
Como por exemplo, é de domínio público que o actual governo já definiu o distrito como pólo de desenvolvimento, uma iniciativa que reúne consenso elogioso em função do que temos ouvido e não nos parece que se alcançará esse importante objectivo ou desafio enquanto um ministro, governador provincial ou administrador distrital, no acompanhamento desse processo no terreno, forem a priorizar a agenda política.
Se bem que não se está contra que os nossos dirigentes cumpram essa agenda, mas o que se constata no terreno é que ela tem sido em parte uma das causas que faz com que alguns dos problemas que os distritos, postos administrativos e localidades enfrentam, não sejam abordados com profundidade pelo ministro, governador, administrador e outros responsáveis quando visitam.
É que não parece que precisamos de perder muito tempo em reuniões ou longos comícios populares a dizermos viva este ou aquele "fulano" para realizar projectos e obras que se consideram essenciais para aprofundar cada vez mais os níveis de desenvolvimento e progresso que desejamos prosseguir em Moçambique. O tempo é de acções concretas, compatriotas!
Na realidade, a história do desenvolvimento do nosso país deve ser construída sobre alicerces de vontade, tenacidade e querer de todos. E é este espírito que explicará no futuro as razões que permitirão ao povo moçambicano vencer um grande mal, como é a pobreza absoluta, sem amputações de ânimos políticos, nem frustrações sociais e arrogância e incompetência.
Explicará que as reformas estruturais bem preparadas e implementadas pelas autoridades governamentais só ganham com as suas "raízes" e nas mais variadas vertentes da sociedade.
Sabe-se, porém, que não é muito fácil fazer tanto em pouco tempo, em termos de "dissociação" entre a política e a governação, com a consciência de que, efectivamente, somos um país de dificuldades, sobretudo económicas, mas que continua a lutar pelo seu desenvolvimento.
É por isso que os moçambicanos têm hoje razões para se sentirem felizes que ontem, com o desencadeamento do combate contra a pobreza, corrupção e outros problemas, com a entrada em funções do executivo encabeçado pelo presidente Armando Guebuza, mas não parece que gostariam que a má "leitura" política que possa haver do lado dos nossos governantes lhes fizesse claudicar durante o longo percurso, que ainda temos por percorrer para vencermos essa árdua luta.
Não gostariam que a aparente "politização" da governação do país não permitisse que um director provincial ou distrital das Obras Públicas e Habitação ou de outro sector de actividade acabasse por uma vez por todas os empreiteiros desonestos que continuam a burlar o estado em milhares de contos em quase todo o país, na construção ou reabilitação de infra-estruturas sociais que são adjudicados.
Todavia, não gostaríamos que um líder tradicional do distrito de Mogincual ou Mogovolas, considerados maiores produtores da castanha de caju na província nortenha de Nampula não estivesse interessado em combater as queimadas descontroladas que anualmente "devoram" milhares de cajueiros junto das suas comunidades por causa da aparente "politização" da nossa governação.
Contudo, esperamos que a boa leitura política dos nossos governantes contribua decisivamente na implementação de projectos de desenvolvimento de Moçambique, analisando com alguma profundidade e com mente aberta os problemas do país.
Mouzinho de Albuquerque
(Notícias 2006-11-30)
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