Sr Presidente da Renamo
Eu gostaria que o senhor presidente Dhlakama pudesse ler este meu comentário. Sou membro da Renamo e aqui vou tecer os meus comentários como tal.
O senhor tem razão em muitos pontos, mas em certos não. Quanto ao que o senhor presidente diz haver campanha forte da Frelimo para lhe afastar da liderança da Renamo, penso eu precisarmos de uma análise profunda. Quando o senhor presidente Dhlakama constituia uma ameaça real, provavelmente no período após as primeiras eleições às terceiras, aí a Frelimo deve ter-lhe desejado fora da liderança da Renamo, mas não penso que ela tenha feito alguma campanha para ser afastado da liderança. Digo após as primeiras eleições, porque o sr Dhlakama havia surpreendido à Frelimo e mesmo ao mundo pelos resultados que o senhor e a Renamo haviam alcançado. Nas segundas foi o cúmulo com aquele resultado que todos nós acreditamos que o senhor presidente Dhlakama foi o candidato realmente vencedor. A sua ameaça, senhor Presidente, foi o que obrigou a Frelimo a mudar de candidato e estratégia para as terceiras eleições, uma atitude própria numa sociedade democrática.
A Frelimo soube que um terceiro frente-a-frente entre Chissano – Dhlakama, constituia uma derrota dela previamnte anunciada. Tinha que apostar num outro candidato. Tudo foi apostar como num jogo de sorte. O Resultado podia ter sido o mesmo ou pior se fosse o senhor Chissano – uma derrota. Contudo, embora com o seu passado manchado, o senhor Guebuza teve a sua estratégia que lhe permitiu mobilizar uma boa parte do seu potencial. Ele pensou em fazer algo em vez de declarar-se derrotado antecipadamente. O senhor Presidente Dhlakama e muitos de nós da Renamo ficámos naquilo que o passado do senhor Guebuza e mais a sua vira-volta ao capitalismo, a corrupção e o crime organizado ditavam uma derrota dele e da Frelimo. O senhor Dhlakama como o líder não construiu uma nova estratégia antes pelo contrário a repetição da mesma estratégia apenas afastou os nossos eleitores das urnas. O resultado final foi uma vitória esmagadora da Frelimo e o seu candidato.
O problema de fraudes
Todos nós sabemos que a Frelimo comete fraudes eleitorais. Sabemos que umas das práticas é a introdução de votos falsos nas urnas; o uso de tinta indelível para inutizar os votos para a Renamo e o seu candidato, a manipulação de dados como foi o caso da Beira, etc. Mas a questão chave é como nós analisamos o problema. Não nos sentamos nunca numa mesa redonda para analisar de como isso foi possível, se bem que há delegados de mesa precisamente para evitar fraudes deste tipo. Falamos das consequências e não das causas. Ganhamos eleições em quatro ou digamos em cinco municípios e num deles estava para ocorrer uma fraude aplicando-se o método de manipulação de dados... Se analisássemos bem, haviamos de concluir ainda que o método aplicado para a prática de fraúde varia de zona em zona, e, se assim o fizéssemos, saberiamos adequar as medidas de prevênção...
Neste momento, senhor presidente Dhlakama, a Frelimo está sossegada consigo. Ela está-se ver com 2/3 ou mais de deputados na próxima legislatura. Nós da Renamo não fazemos absolutamente nada para contrariar esse cenário. O potencial eleitoral da Renamo anda desmoralizado precisamente porque não há estratégia para uma vitória eleitoral. Desunimo-nos cada vez mais, em vez de nos unirmos para projectar uma vitória eleitoral. Os que votam pela Renamo não estão interessados em ouvir sempre de fraudes porque muitos já sabem que isto se deve por falta de delegados de mesa, por causa de seriedade da liderança do nosso partido...
O que a Frelimo quer é ganhar e ela tem o direito de concorrer como qualquer partido tem. É a este desafio que o senhor presidente Dhlakama e toda a Renamo deve responder, se é para um dia irmos ao Poder. Concretamente, temos que pensar de como derrotar em eleições o governo de Guebuza e note-se que não falo do governo de Chissano que já não existe. Temos que pensar em que fariamos se a Frelimo tivesse que apontar uma outra pessoa ainda mais popular que o sr Guebuza...
Enquanto não houver uma análise exaustiva dos nossos próprios problemas em porta fecha, não podemos sonhar em alguma vitória antes pelo contrário em redução para um partido insignificante. De realçar que este sentimento de falta de abertura no nosso partido é da maioria dos membros, apesar de muitos se manterem silenciosos. Quando se cria um ambiente que impede uma análise exaustiva, uma crítica e auto-crítica, o resultado é este que assistimos nos últimos tempos.
Atenciosamente
Eu gostaria que o senhor presidente Dhlakama pudesse ler este meu comentário. Sou membro da Renamo e aqui vou tecer os meus comentários como tal.
O senhor tem razão em muitos pontos, mas em certos não. Quanto ao que o senhor presidente diz haver campanha forte da Frelimo para lhe afastar da liderança da Renamo, penso eu precisarmos de uma análise profunda. Quando o senhor presidente Dhlakama constituia uma ameaça real, provavelmente no período após as primeiras eleições às terceiras, aí a Frelimo deve ter-lhe desejado fora da liderança da Renamo, mas não penso que ela tenha feito alguma campanha para ser afastado da liderança. Digo após as primeiras eleições, porque o sr Dhlakama havia surpreendido à Frelimo e mesmo ao mundo pelos resultados que o senhor e a Renamo haviam alcançado. Nas segundas foi o cúmulo com aquele resultado que todos nós acreditamos que o senhor presidente Dhlakama foi o candidato realmente vencedor. A sua ameaça, senhor Presidente, foi o que obrigou a Frelimo a mudar de candidato e estratégia para as terceiras eleições, uma atitude própria numa sociedade democrática.
A Frelimo soube que um terceiro frente-a-frente entre Chissano – Dhlakama, constituia uma derrota dela previamnte anunciada. Tinha que apostar num outro candidato. Tudo foi apostar como num jogo de sorte. O Resultado podia ter sido o mesmo ou pior se fosse o senhor Chissano – uma derrota. Contudo, embora com o seu passado manchado, o senhor Guebuza teve a sua estratégia que lhe permitiu mobilizar uma boa parte do seu potencial. Ele pensou em fazer algo em vez de declarar-se derrotado antecipadamente. O senhor Presidente Dhlakama e muitos de nós da Renamo ficámos naquilo que o passado do senhor Guebuza e mais a sua vira-volta ao capitalismo, a corrupção e o crime organizado ditavam uma derrota dele e da Frelimo. O senhor Dhlakama como o líder não construiu uma nova estratégia antes pelo contrário a repetição da mesma estratégia apenas afastou os nossos eleitores das urnas. O resultado final foi uma vitória esmagadora da Frelimo e o seu candidato.
O problema de fraudes
Todos nós sabemos que a Frelimo comete fraudes eleitorais. Sabemos que umas das práticas é a introdução de votos falsos nas urnas; o uso de tinta indelível para inutizar os votos para a Renamo e o seu candidato, a manipulação de dados como foi o caso da Beira, etc. Mas a questão chave é como nós analisamos o problema. Não nos sentamos nunca numa mesa redonda para analisar de como isso foi possível, se bem que há delegados de mesa precisamente para evitar fraudes deste tipo. Falamos das consequências e não das causas. Ganhamos eleições em quatro ou digamos em cinco municípios e num deles estava para ocorrer uma fraude aplicando-se o método de manipulação de dados... Se analisássemos bem, haviamos de concluir ainda que o método aplicado para a prática de fraúde varia de zona em zona, e, se assim o fizéssemos, saberiamos adequar as medidas de prevênção...
Neste momento, senhor presidente Dhlakama, a Frelimo está sossegada consigo. Ela está-se ver com 2/3 ou mais de deputados na próxima legislatura. Nós da Renamo não fazemos absolutamente nada para contrariar esse cenário. O potencial eleitoral da Renamo anda desmoralizado precisamente porque não há estratégia para uma vitória eleitoral. Desunimo-nos cada vez mais, em vez de nos unirmos para projectar uma vitória eleitoral. Os que votam pela Renamo não estão interessados em ouvir sempre de fraudes porque muitos já sabem que isto se deve por falta de delegados de mesa, por causa de seriedade da liderança do nosso partido...
O que a Frelimo quer é ganhar e ela tem o direito de concorrer como qualquer partido tem. É a este desafio que o senhor presidente Dhlakama e toda a Renamo deve responder, se é para um dia irmos ao Poder. Concretamente, temos que pensar de como derrotar em eleições o governo de Guebuza e note-se que não falo do governo de Chissano que já não existe. Temos que pensar em que fariamos se a Frelimo tivesse que apontar uma outra pessoa ainda mais popular que o sr Guebuza...
Enquanto não houver uma análise exaustiva dos nossos próprios problemas em porta fecha, não podemos sonhar em alguma vitória antes pelo contrário em redução para um partido insignificante. De realçar que este sentimento de falta de abertura no nosso partido é da maioria dos membros, apesar de muitos se manterem silenciosos. Quando se cria um ambiente que impede uma análise exaustiva, uma crítica e auto-crítica, o resultado é este que assistimos nos últimos tempos.
Atenciosamente
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