Por PEDRO NACUO
UMA manifestação ordeira, sem nenhum tipo de incidentes, marcou quinta-feira a passagem do sexto aniversário do fatídico acontecimento que na mesma data, em 2000, desembocou num confronto armado entre membros e simaptizantes da Renamo-União Eleitoral, que alegavam protestar os resultados eleitorais das eleições gerais de 1999 e a Polícia. O acontecimento culminou com a morte de cerca de 100 pessoas.
Tratou-se de um desfile popular que escalou o cemitério local, inaugurado para sepultar as vítimas do acontecimento, onde diversas confissões religiosas rezaram em memória dos perecidos há seis anos, seguido de um comício orientado pelo líder da Renamo que já se encontrava desde o dia anterior na cidade de Montepuez. Membros e simpatizantes da "perdiz", procedentes da cidade de Nacala, província de Nampula e da Mocimboa da Praia, em Cabo Delgado, juntaram-se aos seus correligionários de Montepuez para tornar o acontecimento, para além de solene, igualmente festivo, mas sobretudo de maior mobilização em torno do seu partido.
Afonso Dhlakama, falando na circunstância, considerou heróis aqueles que morreram não só no dia dos acontecimentos, bem como os detidos que, devido à enchente na cela policial, acabaram morrendo asfixiados, em número superior a 85, todos membros da Renamo, cujos nomes foram evocados ontem através de canções interpretadas por grupos culturais. Disse igualmente serem heróis os sobreviventes da chacina de 9 de Novembro de 2000, entre os quais Secundino Cinquenta, João Maulana, José dos Santos Pintainho, Rodrigues Bacar e Latifo Alimo, ora a cumprirem 20 anos de prisão cada, por o Tribunal que subsequentemente os julgou ter concluído terem sido culpados ao liderar uma manifestação que desembocou no que foi classificado como rebelião armada, ocupação de instituições públicas, tirada de presos e homícidio voluntário. Entretanto, para o líder da Renamo, não há nada que deve levar a que os membros do seu partido vacilem, em virtude de "estes heróis da democracia terem sido massacrados", porque ainda, conforme ele, "a história da humanidade diz-nos que qualquer regime que descarrega contra o povo tem dias contados".
Apresentou, por outro lado, os membros da Renamo que em Maio do ano passado, foram presos na sequência duma manifestação, igualmente contra um pretenso roubo de votos a favor da sua coligação, nas eleições intercalares da vila de Mocímboa da Praia, que acabam de ser libertos mesmo antes do seu julgamento, por ter expirado largamente o tempo de prisão preventiva.
A segurança, em Montepuez, foi reforçada com efectivos provenientes da capital provincial, Pemba, sob a direcção do respectivo comandante provincial, Vasco Lino, que fez questão de, na véspera, chamar representantes, tanto da Renamo como da Frelimo, para os aconselhar a evitar a elevação dos ânimos e a usarem o direito que lhes assiste, de se manifestarem, mas dentro das balizas legalmente estabelecidas.
Afonso Dhlakama continua em Cabo Delgado e nos próximos dias vai visitar o distrito vizinho de Montepuez, Namuno, bem como está previsto que escale a cidade de Pemba, igualmente para orientar comícios populares.
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UMA manifestação ordeira, sem nenhum tipo de incidentes, marcou quinta-feira a passagem do sexto aniversário do fatídico acontecimento que na mesma data, em 2000, desembocou num confronto armado entre membros e simaptizantes da Renamo-União Eleitoral, que alegavam protestar os resultados eleitorais das eleições gerais de 1999 e a Polícia. O acontecimento culminou com a morte de cerca de 100 pessoas.
Tratou-se de um desfile popular que escalou o cemitério local, inaugurado para sepultar as vítimas do acontecimento, onde diversas confissões religiosas rezaram em memória dos perecidos há seis anos, seguido de um comício orientado pelo líder da Renamo que já se encontrava desde o dia anterior na cidade de Montepuez. Membros e simpatizantes da "perdiz", procedentes da cidade de Nacala, província de Nampula e da Mocimboa da Praia, em Cabo Delgado, juntaram-se aos seus correligionários de Montepuez para tornar o acontecimento, para além de solene, igualmente festivo, mas sobretudo de maior mobilização em torno do seu partido.
Afonso Dhlakama, falando na circunstância, considerou heróis aqueles que morreram não só no dia dos acontecimentos, bem como os detidos que, devido à enchente na cela policial, acabaram morrendo asfixiados, em número superior a 85, todos membros da Renamo, cujos nomes foram evocados ontem através de canções interpretadas por grupos culturais. Disse igualmente serem heróis os sobreviventes da chacina de 9 de Novembro de 2000, entre os quais Secundino Cinquenta, João Maulana, José dos Santos Pintainho, Rodrigues Bacar e Latifo Alimo, ora a cumprirem 20 anos de prisão cada, por o Tribunal que subsequentemente os julgou ter concluído terem sido culpados ao liderar uma manifestação que desembocou no que foi classificado como rebelião armada, ocupação de instituições públicas, tirada de presos e homícidio voluntário. Entretanto, para o líder da Renamo, não há nada que deve levar a que os membros do seu partido vacilem, em virtude de "estes heróis da democracia terem sido massacrados", porque ainda, conforme ele, "a história da humanidade diz-nos que qualquer regime que descarrega contra o povo tem dias contados".
Apresentou, por outro lado, os membros da Renamo que em Maio do ano passado, foram presos na sequência duma manifestação, igualmente contra um pretenso roubo de votos a favor da sua coligação, nas eleições intercalares da vila de Mocímboa da Praia, que acabam de ser libertos mesmo antes do seu julgamento, por ter expirado largamente o tempo de prisão preventiva.
A segurança, em Montepuez, foi reforçada com efectivos provenientes da capital provincial, Pemba, sob a direcção do respectivo comandante provincial, Vasco Lino, que fez questão de, na véspera, chamar representantes, tanto da Renamo como da Frelimo, para os aconselhar a evitar a elevação dos ânimos e a usarem o direito que lhes assiste, de se manifestarem, mas dentro das balizas legalmente estabelecidas.
Afonso Dhlakama continua em Cabo Delgado e nos próximos dias vai visitar o distrito vizinho de Montepuez, Namuno, bem como está previsto que escale a cidade de Pemba, igualmente para orientar comícios populares.
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